"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 17888

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Raissa Fonseca da Cunha
Orientador ELIANA CARLA GOMES DE SOUZA
Outros membros Andressa de Paula Silva, Camila Fortes Paiva , Elaine Estevam, Maria Letícia Curti Brasil
Título Associação do Consumo de Produtos Finais de Glicação Avançada e Alimentos Ultraprocessados com a ASG-PPP em Pacientes com Câncer de Mama
Resumo O câncer é caracterizado pela multiplicação desordenada de células, formando uma massa tumoral, com capacidade de invadir outros tecidos. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, sendo considerado a primeira causa de morte feminina. É uma doença de causa multifatorial. Dentre as causas existentes, tem-se a alimentação inadequada, com o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e ricos em AGEs (Advanced Glycation End-Products), por apresentarem alta densidade calórica e estarem relacionados com uma maior ingestão de substâncias potencialmente cancerígenas. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre o consumo de AGE e AUP com a Avaliação Subjetiva Global- Produzida Pelo Próprio Paciente (ASG-PPP) em pacientes com câncer de mama. Trata-se de um estudo observacional transversal, com uma amostra composta por 218 mulheres com câncer de mama do Hospital do Câncer de Muriaé. O teor de AGE consumido foi determinado através de tabelas e os alimentos consumidos pelas pacientes foram classificados conforme a classificação NOVA. Em relação aos AUP, o consumo foi de 15% e a média de ingestão de AGE foi de 607,03 kU/dia e ao analisar associação do estado nutricional da paciente, tanto com o consumo de AUP, quanto de AGE, mostrou-se uma correlação negativa. Não há ponto de corte que indique um consumo adequado de AUP e a maior ingestão desses alimentos está associada com a menor ingestão de alimentos in natura, principalmente os de origem vegetal que possuem características protetoras, como vitaminas antioxidantes e compostos bioativos contra o processo da carcinogênese. Como não há pontos de corte estabelecidos para a ingestão de AGEs, Uribarri et al sugerem que a ingestão seja de, no máximo, 15.000 kU/dia. No presente estudo, a média de ingestão foi de 607,03 kU/dia, considerado baixo (< 15.000 kU/dia). Dessa forma, é importante diminuir o consumo de AGE além de realizar o preparo dos alimentos, utilizando métodos à base de água, como vapor, em temperaturas mais baixas e tempos de cozimento mais curto, para ajudar a reduzir a presença desses compostos no organismo. Como foi visto, o consumo de AUP apresentou uma correlação negativa com a ASG-PPP, ou seja, quanto maior o consumo desses alimentos, menor é a ASG-PPP. Os AUP são produtos ricos em lipídios e carboidratos e que geram pouca saciedade, o que contribui para o aumento do ganho de peso e obesidade, os quais estão relacionados a um maior risco de câncer. Igualmente, o consumo de AGE apontou correlação negativa com a ASG-PPP, e estudos mostram que o alto consumo de AGE está associado à diminuição da concentração de insulina e maior ganho de peso. Pode-se concluir que houve correlação negativa entre o consumo de AUP e AGE, e a ASG-PPP, assim, sugere-se menor consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em AGE por mulheres com câncer de mama.
Palavras-chave alimentos ultraprocessados, AGE, ASG-PPP.
Forma de apresentação..... Painel
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