Resumo |
Este relato de extensão surgiu como resultado da intervenção extensionista sobre movimentos sociais do campo, realizada em julho de 2023, no no Assentamento Olga Benário, localizado em Visconde do Rio Branco/MG. Esta proposta faz parte das exigências da disciplina SES 221 - Sociedade, Classe e Movimentos Sociais do curso de Serviço Social da UFV, coordenada e ministrada pela Profa Júnia Marise Matos de Sousa. A ação extensionista em voga atende às exigência da curricularização da extensão prevista na resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, do Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Educação (CNE) e Câmara de Educação Superior (CES), tendo como proposta desta disciplina a aproximação dos movimentos sociais em geral, neste caso, especificamente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST). Essa ação extensionista teve como objetivo apresentar o MST no contexto da questão agrária brasileira e sua interface com políticas públicas direcionadas aos trabalhadores rurais, destacando sua importância e ineficiência. A equipe extensionista foi formada por graduandas do SES/UFV. A metodologia se pautou inicialmente na construção de base teórica sobre o tema (revisão bibliográfica) e a observação participante da ação, para as quais destacam-se as bandeiras de Luta do Conjunto CFESS - CRESS. Foi realizada uma "Roda de Conversa", com espaço devidamente preparado para o diálogo e troca de saberes, utilizando dinâmicas, exposição de temáticas relacionadas e debate, por parte da comissão organizadora e dos assentados. De modo geral, buscou-se compreender a realidade dos assentados em interface com as políticas públicas (reforma agrária). Toda a intervenção teve ampla participação de todos os envolvidos, com amplo aprendizado, sendo inclusive realizado o acompanhamento da colheita do feijão. Foi construído ainda um folder educativo para distribuição entre os participantes. Os resultados da atividade revelam as suas contribuições no âmbito da formação e atuação do futuro SES junto aos movimentos sociais, permitindo que os discentes ali presentes tivessem uma compreensão mais ampla da realidade vivenciada pelos trabalhadores rurais, suas potencialidades e desafios. Esta ação extensionista permitiu os estudantes puderam ter contato direto com as demandas de uma população historicamente marginalizada e com pouco acesso a serviços e políticas públicas, proporcionando uma oportunidade de desenvolver habilidades e competências para atuar com efetividade em contextos de vulnerabilidade social. Outrossim, construir uma ação intervencionista sob orientação e monitoramento de todas as etapas, foi de extremo aprendizado sobre intervenção universitária, demonstrando a importância do assistente social na compreensão das dinâmicas e estratégias de luta dos movimentos no campo, as perspectivas e demandas específicas. Essa compreensão pode ser fundamental para orientar práticas profissionais que estejam alinhadas com os ideais de justiça social e equidade. |