"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 17849

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Beatriz Cristina da Silva Alves
Orientador GUSTAVO FERREIRA MARTINS
Outros membros Lorena Lisbetd Botina Jojoa, Renan dos Santos Araújo, Rodrigo Cupertino Bernardes
Título O herbicida à base de Mesotrione/Atrazine interfere com a atividade locomotora de Apis mellifera (Apidae: Apini)
Resumo A mistura dos herbicidas Mesotrione e Atrazine (Calaris®) é amplamente utilizado na agricultura em vários países. No entanto, seus possíveis efeitos nocivos sobre organismos não alvo, precisam ser melhor compreendidos. Neste estudo, os efeitos da exposição oral aguda ao Calaris® foram avaliados em forrageiras de Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae). O efeito de sete concentrações de Calaris® (48, 24, 12, 9, 6,3 e 1,2 μL/mL) sobre a sobrevivência e o consumo alimentar foi estudado, enquanto a concentração recomendada para uso em campo (CRC) e sua diluição de 10 × (0,1 CRC) foram usadas para avaliar a atividade locomotora geral. Abelhas forrageiras de A. mellifera foram coletadas em quatro colônias do Apiário Central da UFV. Para avaliar a mortalidade, 192 forrageiras (48 por colônia) foram colocadas em recipientes plásticos (500 mL) contendo oito abelhas cada. A solução do herbicida foi administrada por via oral através de dosadores feitos a partir de tubos de microcentrífuga de 1,5 mL inseridos nas paredes do recipiente, com duração de três horas de exposição. As abelhas do controle foram alimentadas com uma dieta com solução de sacarose 50%. Após o período de exposição, tanto o grupo controle quanto o tratado tiveram acesso ad libitum à dieta com sacarose. O tempo de mortalidade foi registrado diariamente durante cinco dias e as abelhas imóveis foram consideradas mortas. O consumo alimentar das abelhas foi monitorado pesando separadamente os tubos de microcentrífuga antes e após o período de exposição. Para avaliar a atividade locomotora geral, grupos de cinco abelhas da mesma colmeia foram anestesiadas sobre gelo. Após um período de aclimatização de 1 minuto em placas de Petri, as abelhas foram filmadas por 10 min usando uma câmera de vídeo digital. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa na sobrevivência e no consumo alimentar de A. mellifera entre as dietas com concentrações de Calaris®. No entanto, as abelhas expostas a CRC e 0,1 CRC de Calaris® exibiram atividade locomotora geral menor em comparação com o grupo controle. Além disso, uma diferença significativa na atividade locomotora foi observada entre os dois tratamentos de Calaris®, com abelhas tratadas com CRC apresentando menor atividade locomotora do que aquelas tratadas com 0,1 CRC. Essa redução na atividade locomotora também foi observada em forrageiras da abelha sem ferrão Partamona helleri sob condições de exposição semelhantes. Nossos dados corroboram esses dados, destacando o potencial comprometimento das tarefas das forrageiras na colônia, incluindo defesa, coleta de recursos e polinização, causado pelo herbicida. Em conclusão, as constatações evidenciaram risco toxicológico significativo para a atividade locomotora de forrageiras de A. mellifera decorrente da ingestão do herbicida.
Palavras-chave Abelhas africanizadas, Calaris®, sobrevivência
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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