"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 17784

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Educação física
Setor Departamento de Educação Física
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Júlia Pagotto Matos
Orientador HELTON DE SA SOUZA
Outros membros Júlio Henrick de Freitas Abreu, Larissa Quintão Guilherme, Thayana Inácia Soares
Título Características psicobiológicas de corredores de endurance e ultraendurance durante a pandemia da COVID-19
Resumo As corridas de Trail são fenômenos esportivos emergentes. Entretanto, as Ultra-Trail têm sido associadas a vários efeitos deletérios ao organismo, como impactos no sono e nos sintomas respiratórios devido às altas cargas de treinamento impostas. O objetivo principal foi comparar o sono e os sintomas respiratórios de corredores de trilhas e montanhas de endurance e ultraendurance durante a pandemia da COVID-19. O estudo realizado foi observacional e transversal com 43 atletas de trail running. 16 sujeitos foram alocados no grupo de ultraendurance (GUE) e 27 no grupo de endurance (GE). Para avaliação do sono, foi aplicado o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburg (PSQI), Escala de Sonolência Epworth (ESE), Índice de Gravidade de insônia (ISI) e Questionário de Matutinidade e Vespertinidade de Horne e Ostberg (MEQ). Também foi aplicado o Questionário de Sintomas Respiratórios de Wisconsin (WURSS-21) e o questionário de Análise Diária das Demandas de Vida em Atletas (DALDA). A comparação entre os grupos foi feita pelo modelo linear geral ou pelo teste qui-quadrado (χ2). Os resultados são apresentados em frequência absoluta e relativa (%) além de média ± desvio padrão. A significância foi adotada quando p < 0,05. Em ambos os grupos, a maior parte da amostra foi constituída por pessoas com características cronobiológicas matutinas (n=36; 83,7%), não havendo diferença entre os grupos. Observou-se que o GE (5.79 ± 5.51) apresentava maiores scores no ISI que o GUE (3.18 ± 4.13; p<0,04), bem como no PSQI (4.67 ± 0.50 vs 3.56 ± 0.65; p<0,05 respectivamente). O GE também apresentou maiores sintomas de garganta raspando no WURRSS-21 que o GUE (1.35 ± 0.97 vs 1.19 ± 0.54, p<0,05), maiores percepções de resfriado (1.26 ± 0.81 vs 1.00 ± 0.00; p<0,05) que interferiam mais na capacidade de prática de exercícios (1.37 ± 0.92 vs 1,00 ± 0,00; p<0,05). O GE apresentou que aspectos recreacionais contribuíram com mais frequência como fonte de estresse que o GUE (n=5; 11,63% vs n=1; 2,33%, p<0,05). Possivelmente, a pandemia impactou na redução da carga de treinamento no GUE, reduzindo os sintomas respiratórios. Isso pode sugerir uma recuperação mais apropriada do sistema imunológico, impactando a melhora do sono desses sujeitos, enquanto GE pode manter a carga de treinamento mais próxima à condição pré-pandêmica. Estudos experimentais com testagem direta de biomarcadores relacionados à atividade imunológica precisam ser realizados para comprovação dessa condição.
Palavras-chave sono, psicobiologia, sintomas respiratórios
Forma de apresentação..... Vídeo
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