"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 17776

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Serviço social
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Denise Alves da Costa
Orientador CRISTIANE NATALICIO DE SOUZA
Título Flexibilização e processo de racionalização do trabalho no Instituto Nacional de Seguridade Social
Resumo Assentado em perspectivas que discutem o avanço da precarização do mundo do trabalho e seus reflexos para a classe trabalhadora, esta pesquisa bibliográfica relaciona investidas do capital e racionalização do trabalho no âmbito do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), com ênfase na introdução de tecnologias para a informatização dos atendimentos e na, consequente, flexibilização do trabalho. O INSS, responsável pela execução da política de previdência social, possui a meta de “garantir proteção aos cidadãos através do reconhecimento de seus direitos” (BRASIL, 2023). A partir da Constituição de 1988, a previdência social juntamente com a saúde e a assistência social, passou a compor o tripé da seguridade social brasileira, entendido como um sistema de proteção social amplo e estruturado. Regulamentado em decorrência das ações, lutas e pressões reivindicatórias da classe trabalhadora, como defende Ennes (2012). Outrossim, a despeito de constituir um direito regulamentado na Constituição de 1988, a previdência social, no cenário contemporâneo, sofre investidas de desmonte por parte do capital financeiro e do avanço (ultra)neoliberal, buscando minimizar os direitos conquistados pela classe trabalhadora. Tais ataques à seguridade social e previdência social, historicamente conquistadas, se desdobram, por exemplo, na maior precarização das condições de trabalho dos servidores do INSS. Em nota, a FENASPS (2021) expõe que a implementação do INSS digital, a partir de 2017, e seu maior aprofundamento em 2019, alterou de forma significativa o processo de gestão e controle do quadro de trabalhadores (as) deste Instituto. O INSS digital foi implementado, a partir do processo de racionalização do atendimento, sob alegação de resolver problemas estruturais, decorrentes da não abertura de concursos públicos para a admissão de servidores, uma vez que a sete anos o INSS não realiza concurso público e deixou de contratar, nesse período, cerca de 20 mil trabalhadores. A trajetória de racionalização dentro das agências de previdência no país, além de precarizar as condições de trabalho nesse instituto, exclui vários usuários, que não possuem meios tecnológicos para acessar informações e direitos. Este processo faz parte do movimento de contrarreformas que encontrou na atualidade e nas novas formas de comunicação, espaço para se desenvolver. A informatização dos atendimentos tem invadido os espaços de efetivação das políticas sociais no Brasil, criando uma ilusão de inclusão. Mas, trata-se na realidade, de uma “incorporação de tecnologia, baseada na cultura do gerencialismo” do setor público. O que esvazia os conteúdos mais criativos do trabalho, desencadeando o desgaste criado pela atividade mecânica, repetitiva, que não instiga a reflexão”, com impactos para a própria precarização do trabalho em sua totalidade (RAICHELIS, 2011. p. 433).
Palavras-chave INSS, Racionalização, Trabalho
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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