“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16866

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Física Geral
Setor Departamento de Física
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Laura Vardiero Freitas
Orientador SILVIO DA COSTA FERREIRA JUNIOR
Outros membros Hugo Pereira Maia
Título Um Estudo Inicial de Dinâmicas Epidêmicas em Redes Complexas
Resumo O desenvolvimento da ciência das redes reflete uma noção de que componentes isolados não explicam o sistema complexo que constituem. Assim, a importância dessa ciência é evidente pelo papel central que os sistemas complexos desempenham na vida diária e na ciência: as redes celulares, pré-requisitos da vida, as redes neurais, chaves para a consciência, as redes sociais e econômicas, que permitem a disseminação de informações, recursos e epidemias. Essas últimas constituem o objeto de estudo deste trabalho de pesquisa, que tem por finalidade a análise e interpretação de padrões característicos dos modelos epidêmicos em redes complexas, particularmente dos modelos Suscetível-Infectado-Recuperado (SIR) e Suscetível-Infectado-Suscetível (SIS) em redes complexas sem correlação. Para a modelagem das redes, foi utilizado o modelo UCM, que permite a atribuição aleatória de links ou arestas (conexões) aos indivíduos da rede, chamados nós ou vértices, que possuem graus (números de conexões), denotados por k, segundo uma distribuição pré-definida da forma P(k) ∼ k−γ. A distribuição de graus em lei de potência significa que a maioria possui grau baixo mas o papel dos nós de grau alto, mesmo que em menor número, é determinante para o sistema. Isso permite a criação de redes livres de escala, em que as frequências de nós com graus baixos e altos são amplamente diferentes - essa propriedade revela-se presente em muitas redes reais. O modelo SIR é um sistema dinâmico caracterizado por três compartimentos que representam populações referentes a diferentes estados epidêmicos: suscetíveis, infectados (que transmitem a doença e se recuperam com taxas constantes λ e µ, respectivamente) e recuperados, que não transmitem e nem são infectados. No modelo SIS, ao contrário, os indivíduos se recuperam sem imunidade à doença pois infectados tornam-se novamente suscetíveis. Assim, o modelo SIS possui estados estacionários ativos, diferentemente do modelo SIR. A metodologia empregada na pesquisa foi a modelagem computacional, seguidas de análises das estruturas das redes, com o auxílio de medidas importantes tais como a distribuição de graus e o grau médio dos vizinhos, além da interpretação de medidas referentes à própria epidemia, sua evolução e seus valores de transição. Por exemplo, existe um valor crítico λc do parâmetro λ tal que, para λ < λc, não a fração da população infectada é nula quando t → ∞ e, para λ > λc, os vértices infectados tornam-se uma fração finita do sistema. Para λ ≈ λc, o número de recuperados finais desvia-se muito da média em cada amostra realizada. Com os objetivos mencionados, foram feitas variações dos parâmetros correspondentes à taxa de infecção, o expoente γ e o tamanho da rede considerada. As perspectivas para o futuro da pesquisa são os estudos do modelo de conexão preferencial linear, dos efeitos de distribuições de cauda pesada nas taxas envolvidas em modelos epidêmicos, e de outros processos de espalhamento em redes complexas.
Palavras-chave Redes complexas, Epidemias, Transições de Fases
Forma de apresentação..... Painel
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