"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15706

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Arthur Queiroz Rosin
Orientador LAERCIO DOS ANJOS BENJAMIN
Outros membros ANN HONOR MOUNTEER, Clementino Marcelino Simão Inacio, Frederico Belei de Almeida, Maria Paula dos Santos Ribeiro
Título CL50-96h do Alumínio AL2(SO4)3 para tilápias Oreochromis niloticus
Resumo As tilápias (Oreochromis niloticus) são peixes rústicos, resistentes e de alto valor comercial. Apesar de estarem entre os peixes mais produzidos e consumidos pela população mundial, essa espécie foi introduzida em vários países, o que trouxe ao cenário científico diferentes questões de importância ambiental. Por ser um peixe muito robusto, a tilápia pode ser utilizada em ensaios de toxicidade, uma vez que pode funcionar como um termômetro de resistência para espécies mais sensíveis. Com objetivo de investigar a CL50-96h do alumínio na formulação AL2(SO4)3 em tilápias, foi realizado um teste estático, sem troca de água, após um período de 10 dias para aclimatação dos peixes em condições de laboratório. O teste foi realizado em triplicatas utilizando-se cinco concentrações (0,3; 0,9; 2,7; 8,1; 24,3 mg/L) e um grupo controle sem o tóxico, com seis peixes por réplica, totalizando 108 tilápias. A temperatura e a mortalidade dos peixes durante o período experimental foram registradas a cada 6h durante as 96h. Os resultados foram analisados no programa CETIS por meio de regressão linear, com o cálculo de determinação binomial reduzindo o intervalo de confiança por média móvel (p<0,05). A temperatura variou entre 20,5 e 23°C, com média de 21,4°C. Nas primeiras 24h foram registradas mortalidades de 88,89% na concentração 24,3mg/L. As demais concentrações apresentaram mortalidade a partir de 48h, com valores de 38% (0,3mg/L), 11,11% (0,9mg/L), 16,76% (2,7mg/L) e 22,22% (8,1mg/L). No grupo controle houve apenas uma morte (6,67%),que ocorreu nas primeiras 24h, o que está de acordo com as normas da ABNT para realização deste tipo de teste. O alumínio mostrou-se um componente metálico tóxico nestas concentrações para tilápias,apresentando CL50 estimada em 9,107mg/L. Pode-se concluir, então, que o aumento da concentração de alumínio proveniente de ações industriais pode interferir de forma prejudicial no desenvolvimento de tilápias e acarretar danos à produção aquícola, visto que neste experimento aproximadamente 15,74% dos indivíduos vieram a óbito nas primeiras 24h de teste e até às 96h ocorreu mortalidade total de 32,40%. Também se deve preocupar com a qualidade do pescado comercializado sem a devida fiscalização, podendo o mesmo estar intoxicado com alumínio e/ou outros produtos químicos, visto que os efeitos de agentes poluentes vão se potencializando a cada nível trófico da cadeia alimentar. Com tudo isso apresentado, tem-se a necessidade de ampliar os estudos de metais não tóxicos, uma vez que estes podem ter a ação potencializada quando agindo em conjunto com outros tóxicos ou outros fatores de ampliação, como por exemplo a associação alumínio e água ou solo com pH ácido.
Palavras-chave ecotoxicologia, peixes, Ictiofauna
Forma de apresentação..... Painel
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