"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15691

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Elise Moraes e Silva Emerenciano
Orientador ELIANA CARLA GOMES DE SOUZA
Outros membros Elaine Estevam, Gabriella Bertelli Antonucci, Isabelle Machado Albano, Mariana Reis Eleotério
Título Avaliação do consumo alimentar e presença de efeitos adversos em pacientes oncológicos
Resumo O câncer é uma enfermidade multicausal crônica resultante de alterações genéticas, responsável por cerca de 10 milhões de mortes/ano. A assistência nutricional ao paciente oncológico é fundamental para o melhor prognóstico, visto o alto risco nutricional decorrente da doença e do tratamento. Além disso, os nutrientes que possuem ação antioxidante devem receber atenção especial devido ao seu papel protetor, inibindo o dano celular causado pela ação dos radicais livres, responsáveis pela iniciação e progressão tumoral. Diante do exposto, o objetivo do estudo foi analisar a incidência de efeitos adversos em pacientes em tratamento oncológico ativo, conforme o consumo alimentar e a ingestão de nutrientes antioxidantes. Trata-se de um estudo transversal com pacientes oncológicos em tratamento, atendidos pelo hospital regional de Ponte de Nova - MG. A coleta de dados deu-se a partir da aplicação de questionário semiestruturado por equipe capacitada. Para a análise dos dados utilizou-se os softwares Excel e SPSS versão 24.0. Foram analisados 19 pacientes com amostra predominantemente feminina (63,2%) e idade média de 60 anos (DP 14,6). Os efeitos adversos mais citados foram alteração do paladar (57,9%) e xerostomia (52,6%) e o menos citado, a fadiga (5,3%). Observou-se que 75% das mulheres (n=12) apresentaram consumo adequado de todos os macronutrientes e 50% atingiram a recomendação de fibras, de acordo com as Dietary Reference Intakes. No sexo masculino (n=7) observou-se que 71,5% apresentaram consumo adequado de todos os macronutrientes e nenhum atingiu a recomendação de fibras. Em relação à ingestão de vitaminas antioxidantes, a ingestão de vitamina C foi 46,5% maior para mulheres, todos os participantes atingiram a recomendação para vitamina A e nenhum para vitamina E. Em média 55,6% das mulheres e 47,6% dos homens alcançaram a ingestão adequada dos minerais antioxidantes: zinco, manganês e selênio. Em relação aos macronutrientes, o consumo de proteína foi o mais inadequado, o que favorece a desnutrição, considerando o catabolismo proteico intenso no câncer. Outro dado preocupante é o baixo consumo de fibras, nutriente que favorece o trânsito intestinal e o controle da absorção de glicose e lipídeos, exercendo indiretamente benefícios ao metabolismo do paciente com câncer, além de reduzir o tempo de contato das células intestinais com substâncias carcinogênicas. Houve baixa prevalência da ingestão de vitamina E, e dos minerais zinco, manganês e selênio. O tratamento antineoplásico aumenta o nível de estresse oxidativo e inflamação e os nutrientes antioxidantes são essenciais para neutralizar esse desequilíbrio. Assim, os antioxidantes podem auxiliar na redução da incidência de efeitos colaterais relacionados ao tratamento. A prevalência do consumo adequado de proteína e micronutrientes antioxidantes é baixa, o que torna os pacientes ainda mais vulneráveis aos danos da progressão da doença e aos efeitos adversos produzidos pelos tratamentos.
Palavras-chave Câncer, consumo alimentar, tratamento antineoplásico
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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