"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15662

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Eugenio Ribeiro de Andrade Neto
Orientador ELIZABETH PACHECO BATISTA FONTES
Outros membros Fredy Davi Albuquerque Silva
Título Desenvolvimento fisiológico de mutantes nulos dos genes de suscetibilidade a begomovírus, NISP e NIG, em Arabidopsis thaliana
Resumo A família Geminiviridae é uma das maiores famílias de vírus de plantas, sendo Begomovirus, o maior gênero, abrangendo espécies que infectam dicotiledônias e causam perdas significativas na produtividade agrícola. Os begomovírus podem ser monossegmentados ou bissegmentados. O DNA-B dos bissegmentados codifica os genes NSP (Nuclear Shuttle Protein) e MP (Moviment Protein), importantes na movimentação viral intra e intercelular. Previamente, foi demonstrado que as proteínas de Arabidopsis thaliana NIG (NSP-Interacting GTPase) e NISP (NSP-Interacting syntaxin 6-domain-containing protein), interagem in vivo com a proteína NSP de cabbage leaf curl vírus (CabLCV) e contribuem para o movimento intracelular do complexo NSP-DNA viral. Foi também demonstrado que a inativação do gene NISP causa diminuição na carga do DNA viral e atenua sintomas em linhagens nocautes. Em contraposição, a superexpressão de NISP e NIG acarreta no aumento da carga viral, intensificando os sintomas. Estes resultados confirmam que NIG e NISP exibem atividade pró-viral como fatores de suscetibilidade, sendo portanto candidatos para resistência recessiva contra begomovírus. O objetivo do presente trabalho foi avaliar se a inativação desses genes do hospedeiro impacta o processo de desenvolvimento sob condições de alta e baixa luminosidade. Inicialmente, foi confirmado que a inativação do gene NIG confere maior tolerância ao begomovírus CabLCV por meio de ensaio de infectividade em nig. Em seguida, foram avaliados parâmetros fisiológicos, como o diâmetro máximo da roseta, número de folhas e comprimento da inflorescência. O experimento foi conduzido com 24 plantas dos genótipos nig, nisp e WT (Col-0) em câmaras de crescimento com fotoperíodos para dias longos (16 h luz) e para dias curtos (10 h luz). A irrigação foi controlada com a adição de 600 mL de água por bandeja uma vez por semana, chegando a um total de 7 avaliações com 56 dias após a germinação. Os resultados foram analisados estatisticamente com o programa GraphPad Prism 9.0.0, utilizando teste de Tukey com P ≤ 0.05. Não houve diferença significativa em relação ao diâmetro da roseta, número de folhas e comprimento da inflorescência entre os genótipos durante todo o período de avaliação. Em relação ao tamanho máximo da roseta (mm), plantas WT, nig e nisp apresentaram diâmetros maiores em dias longo, com 73.4±9.5, 70±5.94, 73.8±6.29, respectivamente, comparado a dias curtos (WT 57±6.03, nig 51.3±6.63 e nisp 49.2±7.11), no 42º dia. Plantas de dias longos apresentaram maior número de folhas (WT 31.5±3.7, nig 28±4.1, nisp 30.6±4.5), em comparação a dias curtos (WT 22.4 ± 2.4, nig 21.8 ± 2.3, nisp 20.9 ± 1.8). Em relação ao comprimento da inflorescência (mm), o pendão floral em dias longos surgiu no 28º dia, enquanto em dias curtos, no 35º dia. Estes resultados demonstram que o silenciamento dos genes de susceptibilidade nig e nisp, comparados com a planta controle, não interfere no desenvolvimento da planta.
Palavras-chave geminiviridae, desenvolvimento, genes de suscetibilidade
Forma de apresentação..... Painel
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