"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15491

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lucas Abreu Kerkoff
Orientador CARLOS MOREIRA MIQUELINO ELETO TORRES
Outros membros Maria Paula Miranda Xavier Rufino, Moisés Fernandes Reis, Rafael Reis Souza Alves
Título Distribuição espacial de Crax Blumenbachii (mutum-do-sudeste): um estudo sobre a RPPN Fazenda Macedônia
Resumo A fragmentação do habitat e a caça são as principais causas da perda de biodiversidade no mundo. Essas perturbações levaram a família Cracidae ao posto de família de aves mais ameaçadas do Brasil. Nesse contexto, programas de reintrodução foram conduzidos com cracídeos no Brasil, como o Projeto Mutum, que desde 1990 realiza a reintrodução de indivíduos de Crax blumenbachii (mutum-do-sudeste) na Fazenda Macedônia em Ipaba, MG. Desde 2000, o status de conservação da espécie na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) é em perigo de extinção (EN). Deste modo, é de suma importância a compreensão da distribuição espacial e hábitos do Crax blumenbachii na área do Projeto Mutum para facilitar o estabelecimento das aves reintroduzidas e garantir o sucesso do projeto. O estudo foi realizado na RPPN Fazenda Macedônia, localizada no município de Ipaba, MG. A área pertence a CENIBRA e é reconhecida pelo IBAMA como Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN). A vegetação da fazenda é classificada como Floresta Estacional Semidecidual Submontana e é composta por dois polígonos, totalizando 560 ha conectados por um corredor florestal de aproximadamente 71 ha. A coleta de amostras de fezes do mutum foi realizada pela extensão da fazenda em trilhas, transectos, estradas e próximo à sede do Projeto. Todas as amostras foram georreferenciadas utilizando GPS e identificadas morfologicamente. Através do software QGIS foi possível calcular a altitude, declividade e distância da amostra para sede e gerar classes de distribuição. Mediante aplicação da ferramenta de qualidade histograma, a altitude e distância para sede foram divididas em 8 classes. A amplitude das classes de altitude foi de 13,125 m enquanto o das classes de distância para a sede foi de 471,57 m. A classificação de relevo seguiu as orientações da EMBRAPA. As classes de relevo, altitude e distância para sede da fazenda foram utilizadas para inferir sobre o comportamento e distribuição da espécie. A altitude média da localização das amostras foi de 232,4 m ±12,55 m. A declividade média da localização das amostras foi de 11,95 ° ±5,07°. 2,42% das amostras estavam em terreno plano; 9,7% em suave ondulado; 32,73% em ondulado; 54,55% em fortemente ondulado e 0,61% em montanhoso. A distribuição das amostras pela altitude foi de 7,27% na classe 1; 24,85% na classe 2; 63,64% na classe 3; 2,42% na classe 4; 0,61% na classe 7 e 1,21% na classe 8. Já para a distância para a sede foi de 76,97% das amostras na classe 1; 1,21% na classe 2; 5,45% na classe 3; 1,82% na classe 5; 1,21% na classe 6; 0,61% na classe 7 e 12,73% na classe 8. Observou-se que o comportamento das aves é de pouco gasto energético, onde a maioria das amostras foram encontradas próximas à Sede. Desse modo, conclui-se que a distribuição de Crax blumenbachii na Fazenda Macedônia ocorre predominantemente próximas à sede do Projeto e em áreas de baixa altitude e de terrenos planos a fortemente ondulados.
Palavras-chave Perigo de extinção, Crax blumenbachii, distribuição
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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