"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15269

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Geociências
Setor Departamento de Solos
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor David Lukas de Arruda Silva
Orientador JOAO CARLOS KER
Outros membros CARLOS ERNESTO GONCALVES REYNAUD SCHAEFER, Ésio de Castro Paes, Guilherme Resende Corrêa, Saulo Henrique Barroso
Título Relação solo-vegetação do leste da Ilha de Marajó
Resumo A ilha de Marajó é um importante “wetland” localizada na bacia Amazônica, constantemente apontada como um dos principais sistemas terrestres a alcançar estágios críticos com as mudanças climáticas globais, implicando em impactos de grande escala ecológica. Pode ser subdividida em duas porções principais: as terras altas bem drenadas (10 a 35 m de altitude) no sul e oeste, sob floresta tropical; e as planícies alagadas (“wetlands” com cotas altimétricas entre 1 e 9 m) sujeitas a inundações anuais, sob o domínio de vegetação campestre. Nas “wetlands”, os padrões de inundação afetam a vegetação por meio de vários fatores, incluindo a duração dos ciclos de inundação, profundidade, e dos eventos de inundação. Os padrões de inundação podem tanto favorecer quanto desfavorecer a produtividade vegetal. Quando inundados criam condições anóxicas limitantes ao metabolismo vegetal e alteram a dinâmica geoquímica do meio ou, ainda, favorecer, a introdução de nutrientes para o meio. Nesse contexto, e afim de estudar o contraste entre os campos e florestas do leste da Ilha de Marajó, esse trabalho teve como objetivo utilizar a análise de cluster hierárquico, para o agrupamento de solos; e análise de componentes principais (PCA), para a identificação das principais variáveis envolvidas no processo de agrupamento. Para isso, foram utilizados dados de análises químicas e físicas de horizontes de 15 perfis de solos da Ilha de Marajó. A análise de clusters dos dados químicos e físicos permitiu identificar 4 grupos bem definidos, sendo os grupos 1,3 e 4 mais próximos; e grupo 2, mais isolado dos demais. Os dois primeiros componentes da PCA explicam 54.5% da variância dos dados. O grupo 1 (solos de campo hidrófilo) mostrou altas correlações com S-, Ca2+, Mg2+, Na+ e, consequentemente, de soma de bases, saturação por bases e capacidade de troca de cátions. O grupo 2 (solos sob floresta) se caracterizou pela maior relação com areia grossa e fina, densidade da partícula e P (Mehlich-1). O grupo 3 (solos de campo hidrófilo) teve forte correlação com CTC, K+, argila dispersa em água, Mn, Cu, B, silte e argila. Já o grupo 4 (solos de campo higrófilo) teve como variáveis que melhor os explicaram aquelas ligadas a acidez, como Al3+, acidez potencial, matéria orgânica e Fe2+. No período úmido, os solos sob campos (G1, G3 e G4) são inundados, o que viabiliza a atividade redutora de microorganismos e consequente geração de íons potencialmente fitotóxicos, como S-, Fe2+ e Mn2+. Quando secos, o pH reduz, aumentando a solubilidade de metais como Fe2+ e Mn2+, promovendo a dissolução de silicatos e liberação de Al3+. Nos solos sob floresta (G2), a melhor drenagem limita a atividade de íons potencialmente fitotóxicos e viabiliza o desenvolvimento radicular pela disponibilidade de oxigênio. A anoxia e suas consequências parecem fatores determinantes para a manutenção ou não de vegetações muito diferenciadas no leste da Ilha de Marajó.
Palavras-chave Marajó, Vegetação, Solos
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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