"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14887

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Arquitetura e urbanismo
Setor Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Thaís de Souza Magalhães
Orientador JOYCE CORRENA CARLO
Outros membros Hellise Nayara Costa Silva
Título Viabilidade de sistemas BIPV em habitações em diferentes climas brasileiros
Resumo O setor residencial, apesar de apresentar potencial de redução do consumo energético, atualmente possui grande impacto na demanda energética nacional. Além disso, a geração hidráulica é a principal fonte de energia elétrica no Brasil, correspondendo a cerca de 65% da matriz elétrica, embora possua limitações relacionadas a expansão, custos elevados e as longas extensões territoriais que favorecem a perda de energia no processo de geração e transmissão. Em contrapartida, o país possui grande potencial de geração solar, visto que dispõe de altas médias anuais de irradiação, porém variáveis de acordo com a latitude local. Assim, o sistema fotovoltaico integrado a edificação (BIPV) surge como alternativa à redução da demanda energética, ao evitar problemas característicos dos sistemas tradicionais, já que apresenta vantagens como a geração descentralizada e consequente redução das perdas, além da possibilidade de substituição dos materiais construtivos tradicionais. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a viabilidade de utilização de sistemas BIPV em substituição a materiais de acabamento, na fase de construção, de habitações uni e multifamiliares com sistemas de condicionamento artificial, para habitações em diferentes climas brasileiros. Foram simulados 4 modelos representativos de habitações, sendo 3 multifamiliares e 1 unifamiliar, para 16 cidades brasileiras distribuídas entre as 8 zonas bioclimáticas brasileiras (ZB). As simulações foram realizadas no software EnergyPlus versão 8.7. Os módulos foram posicionados na direção Norte, sendo que nos modelos multifamiliares – UH1-M, UH2-M e UH3-M - foram dispostos na fachada, enquanto na tipologia unifamiliar – UH4-U - o BIPV foi implementado na cobertura, com inclinação favorável ao aproveitamento da incidência de radiação solar. A análise da viabilidade de utilização do sistema BIPV foi baseada pela relação entre consumo e geração e também sob aspecto econômico que indicou o tempo de retorno do investimento (payback simples). O modelo UH3-M e o modelo UH4-U apresentaram melhor desempenho em relação ao consumo faturado, com superávits na geração de energia para alguns casos. Em relação viabilidade econômica, o modelo UH3-M não apresentou resultados favoráveis visto que o payback variou entre 5,0 e 15,6 anos, enquanto no modelo UH4-U o payback máximo foi 4,8 anos. A variação do padrão de consumo familiar e a geometria dos modelos são fatores que contribuíram para as diferenças identificadas. A área de fachada disponível para a distribuição dos módulos fotovoltaicos nos modelos UH1-M e UH2-M foi insuficiente para suprir a demanda o que, somado a menor incidência de radiação solar em superfícies verticais, impactou na elevação do payback. Assim, o clima, a área de fachada e o consumo energético da habitação são variáveis que devem ser analisadas individualmente para indicar a viabilidade de utilização do sistema em habitações multifamiliares.
Palavras-chave BIPV, simulação energética, análise econômica
Forma de apresentação..... Vídeo
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