"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14724

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Dandara Baia Bonifácio
Orientador JOSEFINA BRESSAN
Outros membros Ana Paula Silva Caldas, Daniela Mayumi Usuda Prado Rocha, HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF
Título Efeito agudo do consumo de uma bebida contendo uma mistura de castanhas brasileiras sobre a lipemia pós-prandial em mulheres com excesso de peso.
Resumo Introdução: Alguns alimentos são capazes de induzir lipemia pós-prandial, a qual pode promover ativação endotelial favorecendo o desenvolvimento da aterosclerose, considerada o evento inicial na gênese das doenças cardiovasculares. Atualmente, o consumo de frutos secos é amplamente incentivado devida alegação de efeito cardioprotetor. Contudo, até o momento, o efeito agudo do consumo das amêndoas de castanhas tipicamente brasileiras, castanha de caju (Anacardium occidentale L.) e castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.), sobre a resposta vascular é pouco compreendido. Objetivo: Avaliar o efeito agudo do consumo de uma bebida contendo castanhas brasileiras sobre a lipemia pós-prandial. Metodologia: Tratou-se de um ensaio clínico randomizado controlado agudo conduzido em mulheres com excesso de peso. Foram coletadas informações antropométricas como peso, altura, composição corporal, perímetros da cintura e quadril para caracterização das voluntárias. Marcadores de perfil lipídico (CT, LDL, HDL, TG, VLDL, colesterol não HDL e TG/HDL) foram coletados em jejum e quatro horas após o consumo das bebidas. Todas as variáveis foram apresentadas como média ± erro padrão da média. Inicialmente, a normalidade das variáveis foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk. Em seguida, os testes de comparação de médias, teste t pareado ou o teste de Wilcoxon, bem como os testes t de amostras independentes ou teste U de Mann-Whitney foram conduzidos de acordo com a normalidade das variáveis. Todas análises estatísticas foram realizadas no software do SPSS (versão 23.0, USA), adotando-se α=5% como nível de significância. Resultados: Participaram do estudo 40 mulheres com idade média de 30,9 ± 1,3 anos e IMC médio de 33,8 ± 0,7 kg/m². Em jejum, os marcadores antropométricos e de perfil lipídico não diferiram entre os grupos. Quatro horas após a ingestão das bebidas, todos marcadores lipídicos analisados apresentaram similaridade entre os grupos de intervenção (p>0,05). Embora não significativa, a média de redução do LDL observada no grupo castanhas (-20,3 ± 4,8) foi 67,8% maior que a verificada no grupo controle (-12,1 ± 2,9) e para o colesterol total houve uma redução 44% maior no grupo castanhas (-22,6 ± 3,9) em relação ao grupo controle (-15,7 ± 5,0). Ainda, foi possível observar que no grupo castanhas não houve aumento significativo nos TG, VLDL e TG/HDL, contrário ao observado no grupo controle. Conclusão: Embora sem significância estatística, as voluntárias que consumiram castanhas apresentaram benefícios clínicos relevantes, uma vez que apresentaram melhor comportamento das partículas aterogênicas, o que pode estar associado à redução do risco cardiovascular.
Palavras-chave Castanha de caju, castanha-do-Brasil, aterosclerose.
Forma de apresentação..... Vídeo
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