Resumo |
Eletricidade e magnetismo estão há muito tempo incorporados no cotidiano da sociedade e formam as bases de toda tecnologia que desenvolvemos até hoje. No entanto, diferentemente do que se esperaria, ainda não temos um entendimento completo da teoria e alguns pontos ainda pairam em aberto. Apesar de vários fenômenos serem perfeitamente descritos pela eletrodinâmica clássica de Maxwell, e em um nível mais profundo pela eletrodinâmica quântica (QED), que apresenta surpreendentes resultados com precisão de até 10 casas decimais, ainda existem questões elementares a serem resolvidas como por exemplo a existência de monopólos magnéticos. Não existe, até o momento, nenhuma explicação teórica para a não existência de monopólos magnéticos. A eletrodinâmica clássica não só não proíbe sua existência como a descoberta dos mesmos traria simetria às equações de Maxwell. É como se de certa forma as equações de Maxwell “implorassem” pela existência de monopólos magnéticos. A ideia de cargas magnéticas isoladas parecia incompatível com a mecânica quântica, uma vez que os campos eletromagnéticos devem ser descritos em termos dos potenciais escalar e vetor. E, a forma como o potencial vetor é definido, a princípio, excluí a possibilidade do campo magnético possuir termos de fonte. Essa inconsistência foi resolvida em 1931 pelo físico britânico Paul Dirac. O trabalho revolucionário Dirac não só demonstrou que a definição do potencial vetor não proíbe a existência de monopólos magnéticos, como associou sua existência à quantização da carga elétrica. No modelo de Dirac, cada pólo norte magnético estaria conectado a um pólo sul magnético através de uma linha de singularidade, chamada String de Dirac. Neste trabalho apresentaremos um estudo sobre monopólos magnéticos fundamentais e suas buscas experimentais. Partindo do trabalho de P. A. M. Dirac de 1931, e fazendo uma apresentação do modelo e suas características, como a presença de strings e a quantização da carga. Além disso, também é discutido brevemente o trabalho de Y. Nambu de 1974, e a proposta do "Átomo de Nambu", que seria um estado de duas partículas de cargas magnéticas opostas (monopólos) interagindo via um potencial baseado na proposta de Nambu. E por fim, um estudo sobre estados espalhados e espalhamento para potenciais do tipo Coulomb, com o espalhamento de Rutherford, e do tipo Yukawa, utilizando teoria quântica de espalhamento e aproximação de Born. |