"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14604

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Administração
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais - Campus Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Thales de Souza Magalhaes
Orientador ADRIANA VENTOLA MARRA
Outros membros Amanda Vidotti de Souza Campos, Ana Victória Miranda Bruni, MARIANA BARROS TEIXEIRA, Samara de Menezes Lara
Título A função gerencial: um estudo sobre vivências de prazer e sofrimento no trabalho
Resumo Por intermédio das mudanças organizacionais, o papel dos gerentes sofreu impactos como regimes mais intensificados, jornadas de trabalho mais longas, incertezas quanto à carreira e insegurança no emprego (Debus et al. 2019; Hamouche & Marchand, 2021). Este novo quadro contribuiu para aumentar a carga psíquica no trabalho e com isso, novos tipos de sofrimento (Duarte & Dejours, 2019; Dashtipour & Vidaillet, 2017). Este estudo teve como objetivo descrever e analisar as percepções de prazer e sofrimento no trabalho desses indivíduos. Para tanto, utilizou-se a abordagem da psicodinâmica do trabalho, que se apoia no entendimento das relações entre a subjetividade, o trabalho e a ação (Dejours, 2004; 2012; Dejours et al., 2011; Gernet, 2016; Macedo & Heloani, 2018). Esta pesquisa teve natureza descritiva e uma abordagem quantitativa e qualitativa (Gil, 2008). Para a coleta de dados, foi realizado um questionário composto por itens sociodemográficos e pela Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST), de Mendes e Ferreira (2007), onde obteve-se 220 respostas e foram entrevistados 26 gerentes. Os dados quantitativos foram submetidos à estatística descritiva e análise fatorial exploratória (AFE), e os qualitativos por análise de conteúdo. Chegou-se aos respondentes pelo critério da “bola de neve”. Após a realização da AFE, a configuração obtida coincidiu quase que integralmente com a da EIPST. Foram suprimidos dois fatores por apresentarem comunalidade menor que 0,5. Na descrição de cada fator das vivências de prazer, a liberdade de expressão com média 3,79 e desvio padrão de 0,76, indicou satisfação de 61,82% dos respondentes; e a Realização profissional, teve média geral de 3,93 com desvio padrão de 0,78, com 66,82% dos respondentes considerando satisfatória. A identificação com as tarefas desenvolvidas, o sentimento de orgulho pelo trabalho e o reconhecimento por meio de status social são as principais fontes de prazer nos gerentes. Nos fatores que indicam as vivências de sofrimento, o Esgotamento Profissional se apresentou como crítico com média geral de 2,82 e desvio padrão de 0,90; e a falta de reconhecimento apresentou média 2,00 e desvio padrão de 0,83, sendo interpretado como satisfatório. As fontes de sofrimento estão relacionadas ao estresse, sobrecarga e ao esgotamento emocional. Os perigos do esgotamento profissional são alertados pelos gerentes, pois podem trazer adoecimento do corpo e da mente, como depressão e ansiedade. Mesmo reconhecendo algumas vivências de sofrimento, os gerentes exaltaram o prazer advindo do trabalho e das ações gerenciais. Falas voltadas a “não dar conta” e “não conseguir” também apontam a frustração como indício de sofrimento decorrente das diferenças entre trabalho real e prescrito. A contribuição deste estudo está em auxiliar a compreensão de como as transformações organizacionais afetam subjetivamente os gerentes e aumentam a carga psíquica do trabalho.
Palavras-chave Função gerencial, Vivências, Prazer e sofrimento
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
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