"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14591

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal Fluminense
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Geografia
Setor Departamento de Geografia
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Dayana Debossan Coelho
Orientador MARIA ISABEL DE JESUS CHRYSOSTOMO
Título Interseções entre Geografia Histórica e formação territorial: a Escola Superior de Agricultura e Veterinária de Viçosa, Minas Gerais (1920-1926)
Resumo Esta pesquisa procede de um esforço de articulação entre a Geografia Histórica e o tema “Regionalismo e Modernidade na Zona da Mata mineira”. O objetivo do trabalho consiste em compreender os resquícios da formação territorial de Viçosa a partir da chegada na década de 1920 de um objeto geográfico, a Escola Superior de Agricultura e Veterinária. A delimitação temporal-analítica começa em 1920, quando se iniciaram os discursos sobre a fundação da ESAV e termina em 1926, com a inauguração oficial desta instituição. Através da análise do discurso de sua “gestação” efetuada no jornal A Cidade e documentos institucionais foi possível identificar os projetos de desenvolvimento territorial e seus principais porta-vozes. A Universidade Federal de Viçosa constitui uma herança material de tempos anteriores, trata-se do porvir de sua celular mater: a Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV) de Minas Gerais. Esta foi instalada por Arthur da Silva Bernardes, presidente do estado, em Viçosa através do Decreto n. 6. 053 de 30 de março de 1922. A fundação da ESAV em Viçosa fez com que a cidade passasse por remodelações (planos urbanísticos) e novas normas fossem aplicadas ao território, como o sanitarismo. As medidas de comunicação da Escola com o tecido urbano se pautaram em discursos médicos-racionalizadores que procuravam combater as adversidades físicas (brejos, esgotos “à céu aberto” que conduziam à contaminação da água e à moléstias) através de prescrições sanitárias que envolviam noções de embelezamento, estética e limpeza. Estas se traduziram no espaço físico mediante, sobretudo, a construção de uma rede de drenagem (que envolveu desde a edificação de bueiros nos córregos dos Barbados, da Conceição, do Otacvio, do São Bartolomeu, do Xaxá até a de represas para captação e distribuição de água potável), abertura de estradas (como a Avenida da Reta – posteriormente denominada Vaz de Mello e atualmente conhecida como Avenida P. H. Rolfs) e aeração do ambiente a partir do aterro e corte de parte do morro da Ladeira dos Operários (que circundava a instituição). Nesse sentido, “a ESAV na cidade” representou um conjunto de transformações territoriais e paisagísticas operadas por grupos estaduais e locais seletos (Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, Antônio Gomes Barbosa, Arduíno Bolivar Álvaro, Astolfo da Silveira, Arthur da Silva Bernardes, Edwin Morgan, Emílio Jardim, João Carlos Bello Lisboa, Peter Henry Rolfs, Mario Monteiro Machado e Raul Soares) que detinham o poder de “afirmar” seus projetos no espaço. Tais transformações foram estrategicamente arquitetadas com o propósito de moldar à cidade aos padrões de modernidade através de medidas que propiciassem o desaparecimento de espaços insalubres, causadores de enfermidades. Concluímos que a concretização da Escola representou o processo de territorialização jurídica, política e econômica do Estado em Viçosa.
Palavras-chave ESAV, modernização do território, Estado.
Forma de apresentação..... Painel
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