“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14494

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Clara Coury Correa Rabelo
Orientador CARLOS MOREIRA MIQUELINO ELETO TORRES
Outros membros Evaldo Munoz Braz, Fernanda Raquel Lambrecht, Ivaldo da Silva Tavares Júnior, Marcus Vinicio Neves D Oliveira
Título Tempo de passagem de espécies de interesse comercial na Amazônia brasileira
Resumo No manejo das florestas naturais, a taxa de exploração anual poucas vezes está associada aos dados sobre a estrutura da floresta e o ritmo de crescimento das espécies, sendo usados na maioria dos casos volumes (30 m3 ha-1 para o Planos de Manejo Florestal Sustentável Pleno com ciclo de corte inicial de 35 anos) estabelecidos pela lei (Instrução Normativa MMA nº 5/2006). Neste sentido, a distribuição diamétrica é uma das ferramentas mais eficientes para compreender os processos que envolvem as comunidades arbóreas, favorecendo a continuidade dos recursos e permitindo projeções para diferentes regimes de manejo. Para obter estes subsídios e análise dos dados, o cálculo do tempo de passagem das espécies é de suma importância, por informar o tempo que uma espécie leva para passar de uma classe diamétrica para a outra. Assim, o objetivo do trabalho foi calcular o tempo de passagem de dez espécies de valor comercial da região da Amazônia brasileira, permitindo o planejamento de explorações futuras. A pesquisa foi desenvolvida nas seguintes áreas de floresta amazônica: área florestal da Embrapa Acre, Floresta Estadual do Antimary, Iracema II, e Projeto de Colonização Pedro Peixoto. A coleta de dados foi entre 1991 e 2018. Com os softwares Microsoft Excel e R, as dez espécies foram agrupadas em três grupos de acordo com seus incrementos por classe diamétrica ao longo dos anos. Através de cálculos estatísticos de regressão, o incremento por diâmetro foi estimado. O tempo de passagem foi calculado para cada grupo dentro das classes diamétricas, e analisado o conjunto. O grupo 1 contém apenas a Handroanthus serratifolius, com tempo de passagem máximo de 36 anos para a classe diamétrica 10-20 e mínimo de 9 anos para a classe 30-40. Para as classes de DAP superior à 40 o tempo de passagem foi negativo devido ao comportamento exponencial do incremento em diâmetro, não sendo possível observar o ponto de inflexão de um comportamento quadrático esperado, de modo que o tempo de passagem tende a diminuir à medida que se aumenta o diâmetro, resultando em valores negativos. O grupo 2, formado pelas espécies Amburana acreana, Couratari macrosperma, Ceiba pentandra, Hymenaea courbaril e Manilkara bidentata. Os tempos de passagem desse grupo foram: mínimo de 11 anos para a classe diamétrica 30-40 e máximo de 47 anos para a classe 100-110. O grupo 3 é constituído pelas espécies Apuleia leiocarpa, Cedrela odorata, Dipteryx odorata e Schizolobium amazonicum, com os tempos de passagem: mínimo de 6 anos para a classe diamétrica 30-40 e máximo de 20 anos para a classe 90-100. Os resultados permitem que as decisões sobre a intervenção e extração das espécies sejam mais acuradas, considerando de fato o ritmo de crescimento dos grupos e diminuindo a arbitrariedade dos regimes de manejo. Constata-se, assim, que a análise do tempo de passagem dos grupamentos é importante para o manejo sustentável na Amazônia e auxilia o gestor florestal nas decisões de gerenciamento da floresta.
Palavras-chave tempo, passagem, DAP
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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