“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14480

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Arquitetura e urbanismo
Setor Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Nathalia Reis Coelho
Orientador LUCIANA BOSCO E SILVA
Título Análise da composição formal e do processo criativo de Peter Zumthor
Resumo Somos fruto de inter-relações com o meio ambiente em que nos inserimos. Comportamentos são definidos por ações e reações, memórias, estímulos, físicos ou não, regras sociais, e pelo que sentimos junto a tudo isso, emocional e sensorialmente. Sendo assim, propôs-se analisar, dentro da obra de Peter Zumthor, como seu processo criativo influencia a composição formal de seus projetos e o que torna seus edifícios uma Arquitetura Sensorial, através de seus métodos de arranjo e disposição da forma, e ainda sua influência no espaço urbano e sensorial. A pesquisa, de natureza qualitativa e de caráter exploratório, teve como procedimentos técnicos a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso intrínseco de duas obras de Peter Zumthor: as Termas de Vals, localizada em Vals, Suíça, e o pavilhão temporário que fez para a Serpentine Gallery, em 2011. Utilizando de conceitos filosóficos como da fenomenologia, uma forte crença de que nossa memória, ainda na infância, pode definir nossas experi- ências de apropriação espacial para a vida toda, particularidades de materiais nos mínimos detalhes, requisitos de conforto térmico e uso da luz, e ainda, uma forte sensibilidade a como seus projetos se inserem no meio urbano e o que o meio pode lhe proporcionar de materiais e experiências, Zumthor estabelece as Atmosferas Arquitetônicas, utilizadas por ele para projetar as obras selecionadas para análise.Peter Zumthor não projeta um turbilhão de sensações caóticas, nem mesmo estruturas formalistas a esmo, mas uma experiência a ser vivenciada nos detalhes, vendo como as luzes atingem as paredes em ângulos distintos e indiretos, ou como o som da água proporciona um ritmo calmante que pode ser intensificado aos conceber espaços mais fechados. O objetivo é como as pessoas podem criar vínculos com os lugares com experiências a serem gravadas na memória. E assim a forma exterior é trabalhada, de maneira a guardar tais sensações, com materiais naturais e próprios dos lugares, aparência simples porém consideravelmente bruta, escondendo o refúgio no interior. As Termas de Vals, portanto, trata-se de uma estrutura parcialmente escondida, sendo visível somente a fachada que consiste em um paredão de pedras, e o pavilhão um cubo preto sobre um jardim; ambos cuidadosamente dialogando com o espaço exterior.A Arquitetura Sensorial consiste em um processo projetual de busca de melhores soluções para a experiência imersiva do usuário no espaço, provocar sensações, e não unicamente formas para o apelo visual, o que é o grande cerne da obra de Peter Zumthor. Projetando para além do visual, em que a forma é consequência tanto do espaço pré-existente quanto das experiências que busca transmitir, sua arquitetura surge de dentro para fora, trabalhando a fenomenologia e instigando os sentidos humanos, de maneira a criar refúgios que acolhem e estimulam: os espaços internos e os materiais utilizados são cruciais para os efeitos que cria, ou melhor, para suas Atmosferas.
Palavras-chave sensorial, espaço, forma
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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