“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14467

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Rafael Reis Souza Alves
Orientador CARLOS MOREIRA MIQUELINO ELETO TORRES
Outros membros Felipe Corrêa Ribeiro, Lucas Abreu Kerkoff, Maria Paula Miranda Xavier Rufino, Mariany Filipini de Freitas
Título Dinâmica da estrutura vertical e horizontal de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual nos anos de 1996 e 2018.
Resumo A Mata Atlântica vem sendo historicamente fragmentada, principalmente devido a atividades antrópicas relacionadas ao uso do solo. Apesar desta fragmentação, este bioma exerce inúmeros serviços ambientais, como estoque de carbono e manutenção térmica, além abrigar uma quantidade significativa de espécies endêmicas. Desta forma, é de suma importância entender como é a dinâmica desses fragmentos e como está ocorrendo a sucessão ecológica nesses locais. Assim, objetivou-se com o trabalho avaliar a dinâmica da estrutura vertical e horizontal de uma floresta estacional semidecidual nos anos de 1996 e 2018. O estudo foi realizado em um fragmento de 29 hectares, denominado “Mata da Garagem”, situado na Universidade Federal de Viçosa no município de Viçosa – MG. O inventário foi realizado em 10 parcelas (50m x 10m totalizando 0,5 ha amostrados) nos anos de 1996 e 2018, em que todos os indivíduos com diâmetro a altura do peito (DAP) igual ou superior a 5 cm tiveram sua altura e circunferência a altura do peito (CAP) mensurados, bem como foram reconhecidos botanicamente e classificados ecologicamente. Calculou-se o Índice de Valor de Importância (VI) e a Posição Sociológica Relativa para o fragmento em 1996 e 2018. Foram amostrados 870 e 736 indivíduos em 1996 e 2018, respectivamente. Entretanto houve aumento na área basal total sendo 10,67 m²/ha ano em 1996 e 11,42 m²/ha ano em 2018, sugerindo também aumento no volume de madeira. A espécie de maior Valor de Importância (VI) em 1996 foi a secundária tardia (ST) Apuleia leiocarpa (9,76%) e isso se manteve em 2018 (10,78%). Em 1996, 394 pertenciam ao Estrato 1 (E1), 435 ao Estrato 2 (E2) e 41 ao Estrato 3 (E3). Já em 2018, 428, 283 e 25 pertencem aos Estratos E1, E2 e E3 respectivamente, revelando maior mortalidade em E2 e E3. A espécie de maior Posição Sociológica Relativa (PSR) em 1996 foi a secundária inicial (SI) Siparuna guianensis (31,00%), seguida pela Apuleia leiocarpa (16,83%) e as SI Myrcia fallax (13,63%), Matayba eleagnoides (6,06%) e Prunus myrtifolia (6,06%). Já em 2018 a ST Apuleia leiocarpa ocupou posição de maior PSR com 23,25%, seguida pelas SI Myrcia fallax (11,29%), Mabea fistulifera (9,41%), Siparuna guianensis (9,41%) e finalmente pela ST Giarcinia gardneriana (6,54%). Conclui-se sobre esse período de 22 anos que o aumento em temos de área basal e volume é reflexo da permanência de espécies pertencentes aos grupos ecológicos SI e ST no sistema, cuja capacidade máxima de em termos de altura e área basal é maior em relação ao grupo ecológico das pioneiras (PI). A permanência da ST Apuleia leiocarpa como a de maior VI e sua elevação ao posto de maior PSR, vinculada à ascensão da ST Giarcinia gardneriana para a quinta posição no mesmo índice, revela tendência ao avanço no estágio de sucessão do fragmento.
Palavras-chave Fitossociologia, sucessão, mata atlântica.
Forma de apresentação..... Painel
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