“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14465

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Cesar Augusto Dias Nascimento
Orientador RAUL NARCISO CARVALHO GUEDES
Outros membros Silvério de Oliveira Campos
Título Resistência a inseticidas e risco de falhas de controle em populações de Bemisia tabaci
Resumo A mosca branca Bemisia tabaci (Gennadius), é uma praga agrícola generalista que pode causar danos como a sucção de seiva (floema), injeção de toxina e transmissão de virose. O uso de inseticidas é um dos principais métodos de controle para manter as populações desse inseto praga abaixo do dano econômico das culturas, porém, o uso inadequado desses compostos seleciona indivíduos resistentes e como consequência ocorre a falha de controle. Além disso, o levantamento de áreas amplas e uso da geoestatística são iniciativas de manejo que permitem mapear as áreas com alto risco de falha no controle por inseticidas devido à resistência a estes compostos. Assim, o objetivo foi realizar o levantamento e mapeamento da resistência a inseticidas e determinar o risco de falha de controle pelos inseticidas acetamiprido e cyantraniliprole usados no controle de B. tabaci. As coletas foram realizadas em lavouras comerciais de tomates em produção na microrregião de Viçosa. Os insetos foram coletados em 41 pontos no período de 2017 a 2019 e mantidas no laboratório para estabelecimento de populações (26 ± 1 °C, 60 ± 20% de umidade relativa, 14 h de fotoperíodo). Trinta adultos da F1 foram confinados por 24h em gaiolas de clip em folhas de feijão de porco (Canavalia ensiformis L.) e após 10 dias, trinta ninfas 1º instar por folha foram expostas ao inseticidas na concentração recomendada de campo. Foi utilizado um volume de 200 ml dos inseticidas para imergir as folhas com as ninfas por cinco segundos. No tratamento controle, as ninfas foram expostas somente a água deionizada e espalhante adesivo. A unidade experimental constituiu-se de uma folha com trinta ninfas, e quatro repetição (por duas plantas). A mortalidade foi avaliada diariamente para obtenção da estimativa do tempo letal mediano de ninfas (TL50, dias). A mortalidade de ninfas foi corrigida e os valores utilizados para estimar o risco de falha de controle de inseticida (RFC) em ninfas, onde PFC = 100 – [mortalidade observada (%) x 100]/ mortalidade esperada. A mortalidade esperada é considerada como 80%, que se refere a eficácia mínima requerida para registro de inseticidas no Brasil. Assim valores de RFC ≤ 0 indicam risco nulo para a falha de controle. A frequência de indivíduos resistentes aos dois inseticidas nas populações resistentes variou entre 49 e 24%, mas apresentando baixo nível de resistência (< 5 vezes). Já o risco de falha controle foi relativamente baixo ocorrendo em apenas três populações para acetamiprido e curiosamente em apenas uma população para o cyantraniliprole. Este resultado chama atenção para os problemas com o uso intensivo desses inseticidas, com destaque para cyantraniliprole por ser tratar de inseticidas recente e que exige atenção no manejo. Contudo, os resultados obtidos sugerem que os esforços de manejo locais baseados nas propriedades são provavelmente as ações mais eficazes contra os problemas de resistência desta espécie de praga.
Palavras-chave Falha de controle, Mosca branca, Resistência a Inseticidas
Forma de apresentação..... Painel
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