Resumo |
Introdução: A manutenção da biodiversidade dentro do bioma Mata Atlântica, representa a busca para a conservação da fauna e flora. Dentro da lei, essa preservação se expressa no Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC), permitindo a criação das Unidades de Conservação (UCs). Essas unidades, possuem a premissa de preservar, proteger e conservar a biodiversidade local. Nesse contexto, incêndios florestais são grandes destruidores dessa biodiversidade presente no bioma. No presente trabalho, foram cruzados dados geoespaciais para caracterizar as áreas com maior e menor risco de incêndio no Parque Estadual Serra da Candonga.Objetivos: A pesquisa procura fazer o cruzamento de informações geoespaciais, para gerar um mapa de risco de incêndio no Parque Estadual Serra da Candonga- MG. Metodologia: A análise foi estruturada em cinco fatores: declividade, altimetria, exposição de vertentes o qual estes, foram extraídos de imagens alos palsar. Outro fator é a proximidades de estradas, que são oriundos de bases oficiais do IBGE e complementadas com digitalização em imagens do Google Earth, além do último fator, sendo o uso e ocupação do solo gerados pelo projeto MapBiomas catálogo 2018. Os dados foram escalonados em função de risco, atribuiu-se uma escala que varia entre 5 a 25, sendo 5 baixo risco e 25 risco extremo. De posse dos mapas de classe, aplicamos a técnica denominadas Processo Hierárquico Analítico (AHP), para calcular os pesos estatísticos das variáveis. De posse dessas variáveis, multiplica-se o peso de cada classe pela classe correspondente e soma-se os resultados gerando. Resultado: A matriz resultando da AHP, obteve um índice de consistência (IC) igual a 0,09 e razão de consistência (RC) igual a 0,08 (inferior a 0,10). O que demonstra que os dados foram gerados de forma aleatória, permitindo então, produzir resultados confiáveis. Desta forma, o mapa mostrou que somente 0,6 ha ( 0,02%) representam baixo risco, 550,6 ha (15,8%) correspondem risco moderado, 1654 ha (47,5 %) corresponde a risco alto, 1269,3 ha (36,4 %) equivalentes ao risco muito alto e 9,9 ha (0,3 %) risco extremo. Demonstrando assim, que a maioria das áreas do parque representam riscos moderados aos incêndios. Conclusões: Os incêndios florestais dentro das unidades de conservação, sempre são devastadores para a biodiversidade. Diante disso, e das informações obtidas do cruzamento de dados, podemos observar duas grandes questões: mais de 80% da área está sob alto risco de incêndio e as áreas de risco extremo estão próximas a habitações. Os resultados obtidos no presente trabalho, são importantes indicadores, para alertar a importância de medidas de prevenção a incêndios florestais, principalmente no que se refere, a fatores antrópicos. |