Resumo |
A corda- de- viola (Ipomoea grandifolia) é uma planta daninha que tem ocasionado problemas em diversos sistemas de cultivo, principalmente na colheita. Sendo caracterizada como de difícil controle, o melhor entendimento de fatores ambientais que influenciam na sua germinação podem auxiliar em um manejo mais eficiente. Com isso, objetivou-se avaliar a germinação de corda-de-viola em diferentes fotoperíodos. O delineamento foi em blocos casualisados, possuindo cinco tratamentos e quatro repetições, conduzidos no Laboratório Núcleo de Pesquisa e Análise de Sementes do Unipam. As sementes de corda-de-viola foram submetidas a quebra de dormência com solução de ácido sulfúrico (30% por 20 minutos). Posteriormente, estas sementes foram dispostas em caixa do tipo gerbox de 11 x 11 cm com papel germitest umedecido 2,5 vezes o seu peso, totalizando 50 sementes por caixa. Para testar o efeito da quantidade de luz incidente sobre as sementes, foram adotados os seguintes regimes a 0/24, 8/16, 12/12, 16/8, 24/0 horas, sendo regimes de luz/escuridão a uma temperatura constante de 25ºC ± 3°C. Foi feita apenas uma contagem de germinação no sétimo dia, devido a impossibilidade de realizar outra contagem na ausência de luminosidade, no tratamento de zero horas de luz. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Scott Knott, a 5% de probabilidade. Com relação à luminosidade, os dados mostraram que entre os tratamentos 0/24, 8/16, 12/12 horas de regime de luz/escuridão tiveram as melhores médias de germinação. Sob condições escuras (0/ 24h), a germinação foi superior quando comparada ao tratamento 24/ 0h (exposição à luz contínua) e, uma alta porcentagem de plântulas albinóticas foram observadas sob condições escuras. Para todos os tratamentos, foram obtidos valores de germinação ≥ 69% com exposição a condições de luz ou escuridão contínua e sobre luz alternada. Diante disso, comprova-se que a I. grandifolia não é sensível ao fotoperíodo, sendo capaz de germinar sob o solo e em maiores profundidades, tornado essa planta daninha nociva em diversas áreas agricultáveis. |