“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14452

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Patrick dos Santos Silva
Orientador HELOISA RAIMUNDA HERNECK
Outros membros Bruno Silva dos Anjos
Título Experiências Estéticas Homossexuais na Educação Básica
Resumo O ambiente escolar é um local em potencial para realização de inúmeras experiências estéticas, que são aquelas que nos afetam e que podem ser relatadas por meio de narrativas. Inseridos neste meio, os estudantes diferenciam-se por inúmeros motivos, dentre os quais a orientação sexual. Para os educandos que não se encaixam na sequência heteronormativa sexo-gênero-sexualidade, as experiências escolares são envolvidas por preconceito, discriminação e opressão. Isso ocorre porque os agentes que compõem os ambientes escolares (professores, funcionários e estudantes) (re)produzem desigualdades estruturais em seus cotidianos e nos currículos (SANTOS, 2017; MOREIRA, 2015; JUNQUEIRA, 2009). Cientes que as escolas reforçam os estereótipos de gênero e mortificam os corpos de sujeitos LGBTQI+, como avaliação final da disciplina EDU 686 – Percursos da Pesquisa Qualitativa em Educação, o objetivo desta pesquisa foi discutir experiências homossexuais na educação básica com estudantes universitários homossexuais cisgêneros masculinos. Como metodologia de pesquisa, foi desenvolvido um grupo focal com quatro estudantes homossexuais da Universidade Federal de Viçosa (UFV) para compreender convergências e divergências em suas experiências compartilhadas. A amostra foi composta por discentes dos seguintes cursos e idades, respectivamente: a) Zootecnia, 22; b) Serviço Social, 23; c) Matemática, 25; d) Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos, 25. Ao se inserir na linha de investigação pós-estruturalista para o estudo dos fenômenos de gênero, educação e saúde, esta pesquisa tem caráter qualitativo, pois foca em aspectos descritivos e explicativos do fenômeno, tal como as consequências para os indivíduos estudados. Mesmo não assumindo a homossexualidade, todos os participantes relataram experiências preconceituosas vivenciadas nas escolas, por parte dos colegas e dos professores. Diversas estratégias eram realizadas para amenizarem estas situações, sendo a mais recorrente, atos performativos para se adequarem a heteronormatividade, tais como relacionamento com mulheres, inserção em grupos masculinos, prática de esportes vistos como masculinas e, inclusive, reprodução de situações preconceituosas com rapazes mais afeminados. Para os jovens, a invisibilidade de discussões referentes a homossexualidade e identidade de gênero contribuem para a marginalização de sujeitos dissidentes da heterossexualidade. O ambiente familiar foi citado pela falta de apoio e punitivo tanto quanto os educacionais. É necessário que as instituições de ensino valorizem e eduquem a favor da diversidade sexual, acolhendo todos os tipos de homossexualidades possíveis, legitimando vivências para além da viabilidade moral e econômica. Mesmo com os diversos avanças que a comunidade LGBTQ+ adquiriu no século atual, ainda assim estes corpos são passíveis de sofrer experiência estéticas dolorosas.
Palavras-chave Experiências, Educação, Homossexualidade
Forma de apresentação..... Vídeo
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