“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14448

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Astronomia
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas - Campus Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Guilherme Rodrigues Melo Oliveira
Orientador NATALIA REZENDE LANDIN
Título Relação entre rotação e atividade magnética em estrelas parcialmente e completamente convectivas
Resumo A atividade magnética estelar se manifesta de diversas formas, como manchas superficiais, ciclos de atividade e emissão em raios-X. Campos magnéticos são observados na maioria das estrelas de baixa massa da pré-sequência principal (PSP) e sequência principal (SP), porém, apenas 5-10% das estrelas de massa intermediária e de alta massa exibem campos magnéticos detetáveis. O mecanismo que governa a atividade magnética é geralmente atribuído a um dínamo que resulta da interação entre rotação diferencial e movimentos convectivos no envelope externo da estrela. Observa-se que, para estrelas da SP, a emissão em raios-X (uma medida da atividade magnética) apresenta uma anti-correlação com o período de rotação até um certo limiar, a partir do qual satura. No entanto, a correlação melhora consideravelmente se o número de Rossby (Ro - razão entre o período de rotação e a escala de tempo dos movimentos convectivos, Tc) for usado no lugar do período. Por outro lado, estrelas da PSP encontram-se na região saturada. Existem duas formas descritas na literatura, para se obter valores de Tc: ajustes semi-empíricos e cálculos teórico-computacionais. Pretende-se analisar a atividade magnética em estrelas jovens do ponto de vista teórico-computacional, utilizando resultados obtidos com o código ATON e investigar se a grande dispersão nos níveis de atividade têm relação com a presença de discos protoplanetários. Nossos resultados teóricos serão comparados com dados observacionais de uma amostra de 174 estrelas da Nebulosa de Órion (ONC). ONC é uma grande nuvem molecular de formação estelar, localizada a 450 parsecs de distância e com idade estimada em 1 milhão de anos. Utilizamos trilhas evolutivas e cálculos de estrutura interna para diversas massas na idade de 1 milhão de anos gerados com o código ATON para estimar massa, idade e valores de Tc e Ro para cada estrela de ONC. Em seguida, analisamos a relação rotação atividade magnética através do gráfico LX/Lbol (luminosidade fracionária em raios-X) versus Ro. Observamos que todas as estrelas da nossa amostra encontram-se na região saturada da relação e exibem um dispersão considerável nos níveis de emissão em raios-X, com desvio médio padrão de 0,574 em torno do valor médio Lx/Lbol =-3,4±0,4. Afim de verificar se a presença de disco influencia nessa dispersão, separamos nossa amostra entre estrelas com disco e estrelas sem disco, baseando-nos no indicador Δ[I-K]. A dispersão entre as estrelas que possuem disco é visivelmente maior que entre as estrelas que não possuem disco, com desvio médio padrão de 0,634 em torno do valor médio Lx/Lbol=-3,3±0,5. Entre as estrelas sem disco, o desvio padrão foi de 0,448 em torno de um valor médio Lx/Lbol=-3,5±0,3. Dessa forma concluímos que a presença de disco aumenta a dispersão nos níveis de emissão em raios-X das estrelas de ONC e os valores dos tempos convectivos obtidos nesse trabalho estão de acordo com os disponíveis na literatura.
Palavras-chave Atividade magnética, estrelas jovens, dispersão.
Forma de apresentação..... Painel
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