“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14439

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Rio Paranaíba
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Samyra Stéphane Neves Pereira
Orientador KARINE FREHNER KAVALCO
Outros membros Gabriella Katlheen Leles, RUBENS PASA
Título Possível existência de novas unidades evolutivas de Hypostomus sp. na bacia do rio São Francisco
Resumo O Brasil possui extensas redes hidrográficas e é conhecido pela grande diversidade de peixes presente em seus rios. Dentre estes, estão aqueles popularmente conhecidos como cascudos, representantes da família Loricariidae, a maior da ordem Siluriformes. Na subfamília Hypostominae, conforme maior o número diploide da espécie, cromossomos acrocêntricos tendem a estar presentes, enquanto cromossomos de dois braços tendem a estar em maior quantidade quando o número diploide da espécie é menor, principalmente no gênero Hypostomus. Hypostomus é considerado o gênero de cascudos mais abundante no território brasileiro. Sua morfologia os impede de superar barreiras físicas com facilidade, e por isso, não migram grandes distâncias, o que favorece o isolamento populacional e a fixação de características resultantes de diferentes pressões seletivas e da deriva genética. O objetivo do trabalho foi verificar a existência de novas unidades evolutivas de Hypostomus sp. na bacia do rio São Francisco. Neste trabalho, foram analisados 10 indivíduos coletados de uma população do Córrego Rico, no município de Paracatu – MG. Os espécimes foram eutanasiados de acordo com regras do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA). Para a obtenção dos cromossomos mitóticos, foi utilizada a técnica de Air Drying, com protocolo adaptado. Os cromossomos obtidos foram corados com Giemsa e passaram pela técnica de CMA3/DAPI. Após a obtenção e seleção das metáfases, as mesmas foram fotografadas em fotomicroscópio Olympus BX 41 com câmera de 3MP acoplada, utilizando o software QCapture Pro 6.0. O cariótipo da população foi montado com o auxílio dos softwares GIMP 2.8 e Adobe Photoshop CC 2019.0.0. Para a determinação morfológica dos cromossomos foi determinada razão entre os braços – metacêntricos (m), submetacêntricos (sm), subtelocêntricos (st) e acrocêntricos (a). Para fins de identificação taxonômica da espécie foi realizada a contagem de dentes, utilizando-se microscópio estereoscópico, sendo que os espaços vazios foram contados como um dente. A partir das análises, foram observados 2n=76, sendo 28 m/sm e 48 st/a. Uma característica desse cariótipo foi a presença do par de microcromossomos st/a 38. A dupla coloração com CMA3/DAPI apontou marcações positivas para regiões ricas em CG em dois sítios. Não foram encontradas marcações positivas para sítios AT-ricos. Além do cariótipo dessemelhante com o de outras espécies do gênero, não foi possível a identificação da espécie por meio de sua dentição. O grande número cromossômico e sua maior proporção de st/a indica que a espécie acompanha a tendência evolutiva do gênero, e a presença de um par de microcromossomos aponta a possibilidade de ser uma novidade evolutiva no grupo ou autapomorfia. É necessário aprofundar os estudos para determinação se esta população representa apenas mais uma forma em um complexo de espécies ou caminha para a consolidação como uma unidade evolutivamente significante.
Palavras-chave Hypostominae, citogenética, evolução
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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