Resumo |
O Manejo Florestal Sustentável, busca administrar os recursos da floresta, para obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando os mecanismos de sustentação do ecossistema. Tratando-se da Amazônia, onde é encontrada uma enorme diversidade, muitas vezes não se tem informações suficientes e, tão pouco, precisas a respeito da conservação e produção da floresta. Assim, o trabalho teve por objetivo realizar um estudo sobre o incremento periódico anual e o ciclo de corte das dez espécies de maior interesse comercial para uso madeireiro da Floresta Amazônica brasileira. Ao longo dos anos de 1991 e 2018 foram coletados dados em 21 inventários na área florestal da Embrapa Acre, Floresta Estadual do Antimary, Iracema II e no Projeto de Colonização Pedro Peixoto, referentes às espécies: Amburana acreana, Apuleia leiocarpa, Cedrela odorata, Couratari macrosperma, Dipteryx odorata, Hymenaea courbaril, Schizolobium amazonicum, Handroanthus serratifolius, Ceiba pentandra e Manilkara bidentata. Os indivíduos das espécies foram divididos em centro de classes, com amplitude de 10 cm e com classe inicial de 10 cm. Ao longo dos 27 anos, foram analisados o incremento anual que é dado pelo quanto às espécies aumentaram em diâmetro em comparação com o período anterior e o momento em que em que esse incremento passou a diminuir, o que caracteriza o ponto de inflexão e o momento ideal para intervenção. A espécie A. acreana teve um incremento mínimo de 0,40cm/ano e um incremento máximo de 1,30cm/ano na classe de 55 cm que também é referente ao seu ponto de inflexão; já a A. leiocarpa apresentou incremento mínimo de 0,35cm/ano e ponto de inflexão na classe de 55 cm com 0,98 cm/ano; enquanto a C. macrosperma teve um incremento mínimo de 0,40cm/ano e ponto de inflexão de 0,75cm na classe de 65 cm; a H. courbaril apresentou incremento mínimo de 0,43 cm/ano e ponto de inflexão na classe de 75 cm com 0,83 cm/ano; já a S. amazonicum teve um incremento mínimo de 0,26cm/ano e ponto de inflexão na classe de 55 cm com 0,85 cm/ano; enquanto a D. odorata apresentou incremento mínimo de 0,34cm/ano e ponto de inflexão de 1,29cm/ano na classe de 75 cm/ano; a C.odorata teve um incremento mínimo de 0,44 cm/ano e ponto de inflexão na classe de 75 cm com 1,50 cm/ano; por fim, a C. pentandra apresentou 0,40 cm/ano de incremento mínimo e ponto de inflexão na classe de 35 com 0,68cm/ano. Tanto a espécie M. bidentata quanto a H. serratifolius continuaram crescendo até as classes de 95 cm e 75 cm respectivamente, e como ainda se encontravam em fase de crescimento, não foi possível definir o momento de estabilidade e inflexão das mesmas. Dessa forma, ao identificar o comportamento de incremento e o ponto de incremento máximo de cada uma das espécies, pode-se propor a idade e técnica de corte ideal para cada uma das espécies em estudo e saber o momento adequado para realizar a intervenção extração dos indivíduos da floresta. |