“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14374

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Thaís Fontes de Castro Lopes
Orientador PAULO RENATO DOS SANTOS COSTA
Outros membros Ana Paula Prueza de Almeida Luna Alves, Bianca Amorim Gomide, Igor Martins Strelow, Mariana Silva Leite
Título Úlcera perfurante pilórica em cão - relato de caso
Resumo Gastropatias são diagnosticadas com frequência na clínica médica de cães e gatos e uma das possíveis complicações é a ulceração gastrintestinal, que pode evoluir para perfuração, peritonite, sepse e óbito. Dentre as causas da ulceração gastrintestinal estão toxicoses químicas, reações adversas ao uso de anti-inflamatórios não-esteroidais e corticosteroides, doença inflamatória intestinal, mastocitomas, insuficiência renal, insuficiência hepática, coagulação intravascular disseminada, choque, trauma e isquemia. Em cães, são mais comuns em região de antro, piloro e duodeno proximal. Objetiva-se relatar o caso de um paciente canino, atendido no Hospital Veterinário da UFV, 10 anos, 28 kg, SRD apresentando prostração repentina, aumento de volume abdominal, hiporexia e episódios de êmese com alimento parcialmente digerido. Ao exame clínico, foi observada distensão abdominal com balotamento positivo e apatia. Em ultrassonografia abdominal, observou-se aumento prostático, espessamento peritoneal, pregueamento de alças, líquido livre de alta celularidade e espessamento da mucosa estomacal. Aos exames hematológicos e bioquímicos séricos, observou-se anemia normocítica normocrômica, leucocitose por neutrofilia com desvio de 3%, monocitose e linfopenia, trombocitopenia, azotemia, aumento de fosfatase alcalina e gamaglutamiltransferase, hipoalbuminemia, hiperbilirrubinemia e hiperfosfatemia. Em avaliação urinária, foi observada turbidez, proteinúria, presença anormal de leucócitos e hemácias e relação proteína creatinina urinária de 1,32. A análise de líquido cavitário mostrou grandes quantidades de hemácias e neutrófilos, bactérias e poucos bastonetes intra e extracelulares – grande parte das células encontrava-se degenerada. O paciente foi submetido a celiotomia exploratória que permitiu identificar peritônio reativo, alças intestinais hiperêmicas, grande quantidade de líquido turvo e úlcera em região de piloro. Foram realizadas sucção do líquido intra-abdominal e coleta de amostra do mesmo, seguidas de gastrorrafia realizada em dois padrões de sutura: simples interrompido e Cushing. A cavidade abdominal foi lavada com solução salina estéril aquecida e procedeu-se miorrafia com padrão de sutura Sultan seguida de redução de subcutâneo com padrão simples contínuo e dermorrafia em padrão simples interrompido. Foi prescrito amoxicilina com clavulanato de potássio, metronidazol, enrofloxacina, omeprazol, sucralfato, tramadol e dipirona. O paciente foi atendido durante o período pós-operatório no setor de emergência apresentando quadro de ascite, taquipneia e prostração. Em ultrassonografia foi observada esplenomegalia com presença de nódulo, presença de líquido livre, pregueamento intestinal e hiperecogenicidade generalizada compatível com peritonite. Foi realizada fluidoterapia de reposição e drenagem de 2,6 litros de líquido abdominal, com consequente melhora clínica do paciente e posterior evolução favorável do quadro clínico.
Palavras-chave Sepse, peritonite, gastropatia
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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