ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Pós-graduação |
Modalidade |
Pesquisa |
Área de conhecimento |
Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática |
Botânica |
Setor |
Departamento de Biologia Vegetal |
Bolsa |
CAPES |
Conclusão de bolsa |
Sim |
Apoio financeiro |
CAPES |
Primeiro autor |
Miguel Ângelo Teixeira da Silva |
Orientador |
ANDREZA VIANA NERI |
Outros membros |
JOAO AUGUSTO ALVES MEIRA NETO, Larissa Areal de Carvalho Müller |
Título |
Influência da altitude em índices espectrais de plantas vasculares dos campos de altitude, Parque Nacional do Caparaó, Brasil |
Resumo |
Os campos de altitude são ecossistemas de montanhas acima de 1500 m de altitude em meio à Floresta Atlântica, com alta diversidade e altos níveis de endemismo em especial de táxons de plantas. De modo a se evitar a extinção de espécies e manter o funcionamento destes ecossistemas frente a mudanças climáticas é preciso conhecer melhor os aspectos ecológicos e desenvolver métodos mais eficazes de monitoramento dos campos de altitude. Traços espectrais foliares são resultado da interação da energia eletromagnética (luz solar) com a folha, representando assim características morfofisiológicas da planta. A avaliação desses traços espectrais é um método promissor para o conhecimento de aspectos ecológicos da vegetação em questão. O objetivo deste trabalho foi investigar características foliares através do cálculo de índices espectrais de vegetação (IEVs) entre espécies de diferentes distribuições ao longo de um gradiente de elevação em campos de altitude, com o intuito de responder à questão: a altitude é um fator determinante na condição morfofisiológica das plantas dessas comunidades de altitude? Em relação aos diferentes grupos de espécies selecionadas, a principal hipótese é de as espécies apresentam diferentes traços morfofisiológicos em resposta as diferentes condições de altitude, traços esses detectados por meio dos índices espectrais. Os valores encontrados dos índices red-edge vegetation index (RVSI) e normalized difference vegetation index (NDVI) correlacionaram positivamente (p<0,05) com a altitude quando analisamos as espécies indicadoras de cotas altimétricas e o conjunto completo de espécies amostradas. Esses resultados indicam ajustes morfoanatômicos das plantas a condições ambientais mais restritivas nas altitudes mais elevadas, e.g. baixas temperaturas, radiação solar excessiva e solos pobres e rasos. O índice photochemical reflectance index (PRI) foi positivamente correlacionado à altitude de forma significativa (p<0,05) em espécies aqui tratadas como generalistas. Hippeastrum glaucescens, mostrou valores de RVSI e PRI que indicam maior estresse em altitudes mais baixas, diferente de Baccharis platypoda e Eryngium eurycephalum que indicaram maiores taxas de estresse por meio dos IEVs nas elevações maiores. As espécies indicadoras e as generalistas apresentaram comportamentos morfofisiológicos distintos em relação à altitude dependendo do IEV utilizado. O comportamento observado na espécie H. glaucescens demostra uma possível redução da área favorável à espécie com o aumento da temperatura ambiente. O estudo das características espectrais de plantas através de IEVs mostrou-se uma ferramenta eficaz para investigação e monitoramento de espécies dos campos de altitude em abordagens de sensoriamento remoto com intuito de conhecer a ocorrência e o estado de conservação dos campos de altitude, com especial importância no contexto de impactos de mudanças climáticas nesses ecossistemas negligenciados. |
Palavras-chave |
Páramos brasileiros, vegetação de montanha, sensoriamento remoto |
Forma de apresentação..... |
Painel |