“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14319

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde coletiva
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Diondetson Rocha de Oliveira
Orientador KATIUSSE REZENDE ALVES
Título Análise dos óbitos por suicídio nas macrorregiões de Minas Gerais
Resumo Introdução: a taxa de suicídio tem crescido em vários países, entretanto 79% dos óbitos ocorrem em países de renda baixa e média. O suicídio representa a terceira causa de mortes entre jovens de 15 a 19 anos e a ingestão de pesticidas, enforcamento e o uso de armas de fogo estão entre os métodos mais utilizados. A distribuição do suicídio no Brasil varia muito entre as regiões. Em Minas Gerais poucos estudos avaliam o perfil epidemiológico nas macrorregiões do Estado. Objetivo: analisar as mortes por suicídio nas macrorregiões de Minas Gerais no período de 1998 a 2018. Metodologia: estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo, com dados secundários de óbitos por suicídio disponibilizados no Sistema de Informação de Mortalidade. Resultados: entre 1998 e 2018 foram registrados 2.420.638 óbitos em Minas Gerais. Desse total, 254.275 foram por causas externas. Dentre estas, a prevalência de suicídio foi de 8,4%. Seis macrorregiões apresentaram prevalência superior à do estado: Oeste (14,14%), Sul/Sudeste (13,64%), Campo das Vertentes (13,42%), Central (12,05%), Triângulo/Alto Paranaíba (10,57%) e Noroeste (9,5%). A taxa de mortalidade por 100.000 habitantes no estado saltou de 3,27 em 2000, para 5,48 em 2010, chegando a 6,96 em 2018. Em 2000, apenas o Oeste de Minas apresentou taxa > 5 óbitos/100.000 hab. Já em 2010, o Campo das Vertentes, Sul/Sudeste, Oeste, Central, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e Noroeste de Minas tiveram taxa > 5 óbitos/100.000 hab. Em 2018, apenas no Vale do Rio Doce e Jequitinhonha a taxa se manteve abaixo de 5 e no Oeste e Noroeste de Minas a taxa foi > 10 óbitos/100.000 hab. O sexo masculino apresentou maior prevalência (78,51% versus 21,48% no feminino) em todas as macrorregiões. Os principais mecanismos utilizados foram: enforcamento, utilizado tanto por homens (65,1%) quanto por mulheres (43,0%), disparo por armas de fogo (8,3%) em homens e autointoxicação por pesticida (9,5%) em mulheres. Discussão: a taxa de mortalidade no estado superou a média nacional (5,5/100.000 hab.). Segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde, Minas Gerais possui taxa de suicídio considerada média, assim como a maioria das macrorregiões do estado. Resultados semelhantes foram encontrados em um estudo que também avaliou as diferenças macrorregionais na mortalidade, mas entre 2006 e 2009. Outro achado similar foi a maior prevalência no sexo masculino. Uma possível explicação para este fenômeno pode ser a relutância dos homens em procurar ajuda e a preferência por métodos de maior letalidade. Conclusão: em Minas Gerais a distribuição dos óbitos por suicídio não é homogênea. Todavia, a maioria das macrorregiões apresenta taxas consideradas médias. O mapeamento das ocorrências permite identificar os locais com maior prevalência nos quais as ações de prevenção podem ser intensificadas.
Palavras-chave óbitos, suicídio, prevalência
Forma de apresentação..... Painel
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