“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14306

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Letícia Cristina de Oliveira
Orientador LUCAS MAGALHAES DE ABREU
Título AVALIAÇÃO DE DUAS ESPÉCIES DE Clonostachys NO CONTROLE BIOLÓGICO DO MOFO CINZENTO EM ROSEIRA
Resumo A doença mofo cinzento, causada pelo patógeno Botrytis cinerea, é uma das mais significativas em rosas híbridas cultivadas em estufas. O uso intensivo de fungicidas no controle da doença tem culminado na seleção de populações com alto nível de resistência, diminuindo a eficiência dos produtos existentes no mercado e demandando maior frequência de aplicação, maiores doses e misturas de princípios ativos para um manejo eficiente. O controle biológico com fungos da espécie Clonostachys rosea é uma alternativa mais sustentável para o controle preventivo do mofo cinzento, bem como no tratamento dos restos culturais, em cultivos protegidos e até mesmo em campo. Clonostachys rosea é apenas uma espécie dentre mais de quarenta já descritas no gênero Clonostachys. No Brasil, mais de uma dúzia de espécies já foram descritas, algumas destas mais comuns e bem distribuídas do que C. rosea. Sendo habitantes dos mesmos nichos e substratos, estas outras espécies compõem uma fonte ainda não explorada de candidatos a agentes de controle biológico de doenças, talvez com eficiência superior e melhor adaptação às condições brasileiras. Com base nessa hipótese, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de isolados pertencentes a duas espécies do gênero Clonostachys no controle preventivo do mofo cinzento em botões de rosas na pós-colheita. Foram realizados dois ensaios, com a aplicação de suspensões de conídios (107 conídios/mL) dos isolados UCBV 12, de Clonostachys chloroleuca e UCBV 133, de C. rosea, cultivados em grãos de arroz. Botões de rosa da variedade avalanche branca, obtidas de um cultivo comercial e mantidas em copos com água, foram tratadas com as suspensões de Clonostachys ou com água destilada (testemunha) e inoculadas com uma mistura de conídios de três isolados de Botrytis cinerea (103 conídios/mL). Os botões florais foram mantidos em câmara úmida (envoltos em saco plástico) a 22°C e avaliados até seis dias após a inoculação, através da contagem do número de pétalas com sintomas. Na primeira execução, ao final da avaliação, as médias de pétalas com sintomas por botão floral foram 4, 3 e 1,5 nos tratamentos testemunha, C. rosea e C. chloroleuca. Na segunda execução, estes valores foram iguais a 4, 1,8 e 0. Esses resultados confirmam a hipótese de que outras espécies do gênero Clonostachys podem ser usadas no controle biológico do mofo cinzento e, provavelmente, outras doenças causadas por fungos. Um terceiro experimento foi montado para avaliação do efeito de um número maior de isolados, de cinco espécies diferentes, seguindo a mesma metodologia descrita. Durante a execução, foi observado que os botões de rosa já haviam sido infectados pelo patógeno no local de produção, e o tratamento com Clonostachys spp. não teve efeito de controle. Estes resultados reforçam a ideia da utilização de Clonostachys como controle biológico preventivo, garantindo a proteção da planta antes do estabelecimento do patógeno.
Palavras-chave Clonostachys chloroleuca, Botrytis cinerea, Controle Biológico
Forma de apresentação..... Painel
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