“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14296

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Thainá Iasbik Lima
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Ana Claudia Ferreira Souza, Felipe Couto Santos, Luiz Otávio Guimarães Ervilha
Título Exposição ao arsênio durante a pré-puberdade afeta parâmetros histomorfométricos hepáticos em ratos púberes
Resumo Os seres humanos têm sido expostos a uma variedade de poluentes ambientais. Dentre esses tóxicos temos o arsênio, um metaloide amplamente encontrado na natureza que contamina água de beber por meio de processos naturais ou antrópicos. Quando ingerido, o arsênio é absorvido pelo trato gastrointestinal, metabolizado e bioacumulado nos tecidos, como o fígado, podendo causar alterações na homeostase sistêmica. Por exemplo, sabe-se que a exposição ao arsênio em animais adultos resulta em danos histológicos hepáticos. No entanto, não está claro os efeitos deste contaminante no fígado, quando a exposição ocorre durante a fase de pré-puberdade. Assim, nosso objetivo foi analisar os efeitos da exposição pré-púbere ao arsênio em parâmetros hepáticos de ratos Wistar púberes. Para isso, animais com 21 dias pós-nascimento (DPN) foram separados em dois grupos (n=20/grupo). O grupo controle (GC) recebeu água potável por 30 dias, enquanto o grupo arsênio (GA) recebeu 10mg/L de arsenito de sódio entre DPN 21 e DPN 51 na água de beber ad libitum. No DPN 52, dez animais de cada grupo (GC52 e GA52), foram sacrificados para avaliação dos efeitos do arsênio em parâmetros histomorfométricos do fígado. Os outros dez animais/grupo foram eutanasiados 30 dias após a exposição ao metaloide, no DPN 82 (GC82 e GA82), tempo em que receberam água potável ad libitum, com o intuito de avaliar se nesse período pós-exposição os ratos iriam se recuperar (CEUA 96/2017). Os fígados de todos os animais foram pesados, fixados e processados, os cortes histológicos de 3µm foram corados com hematoxilina/eosina e fotografados para as análises histomorfométricas. Os resultados foram submetidos ao teste-t de Student, usando o programa GraphPad Prism 7.0, sendo o resultado significativo quando P ≤ 0,05. No DNP 52, a exposição ao metaloide aumentou o percentual de citoplasma de células hepáticas (66.97 ± 0.94), hepatócitos (73.10 ± 1.01) e macrófagos (0.96 ± 0.03) em animais contaminados quando comparados com animais controles (62.23 ± 1.76, 67.53 ± 1.96, 0.63 ± 0.12, respectivamente; P < 0,05). Além disso, a exposição ao arsênio reduziu o percentual de capilares sinusoides (GA52: 24.15 ± 0.80) em relação ao grupo controle (GC52: 30.28 ± 1.87; P < 0,05). No DPN 82, houve aumento no percentual de núcleo dos hepatócitos (7.10 ± 0.38), de infiltrados inflamatórios (1.20 ± 0.16) e de macrófagos (1.21 ± 0.16) no grupo GA82 em relação ao GC82 (5.93 ± 0.21, 0.64 ± 0.13, 0.58 ± 0.04, respectivamente). Podemos concluir que a exposição ao arsênio durante o período pré-púbere causa alterações morfométricas hepáticas em animais púberes e adultos.
Palavras-chave Arsênio, fígado, ratos Wistar
Forma de apresentação..... Painel
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