“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14276

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Thamires Diniz Aquiles Silva
Orientador ERNANI PAULINO DO LAGO
Outros membros Flávia Renata Crema Salvador, Gabriel Weiler , Iury Ribeiro de Paula , Rudnei João de Souza
Título Enterolitíase em equino: relato de caso
Resumo Enterólitos são concreções originadas da deposição de minerais como o magnésio, de amônia (estruvita) ou de cristais de fosfato, formadas durante meses ou anos. Estes depósitos ocorrem de forma concêntrica ao redor de um núcleo, geralmente um corpo estranho, e se apresentam de diversas formas, texturas e tamanhos, podendo causar obstrução parcial ou total do intestino grosso, levando o animal à dor abdominal. Assim, a enterolitíase é uma causa importante da síndrome cólica em equinos. O objetivo desse trabalho é relatar o caso de um equino atendido no Hospital Veterinário Luis Leigue em Guaramirim - SC, no dia sete de julho de 2020. O cavalo admitido era da raça crioula, de 10 anos, de pelagem lobuna e pesava 368 quilos. O animal chegou ao hospital às 21h30min, apresentando 60 batimentos cardíacos e 20 movimentos respiratórios por minuto, tempo de preenchimento capilar de dois segundos, temperatura de 37,6 °C e hipomotilidade nos quatro quadrantes. Inicialmente, o animal foi submetido à fluidoterapia com ringer lactato 0,9%, em fluxo corrente e adicionado de cálcio e lidocaína, com intervalos para que o cavalo pudesse se exercitar a passo na área externa, com o intuito de estimular a micção e a defecação. Em seguida foi realizada ultrassonografia, na qual se verificou compactação de cólon maior, alças do intestino delgado deslocadas para a direita e mucosa intestinal inflamada. Também se administrou 41ml de gentamicina, 40 gr. de omeprazol e 8 ampolas de ranitidina (antagonista H2) para tratamento de gastrite e 200ml de neocidine como suplementação de vitaminas e minerais. Em razão dos achados clínicos e ultrassonográficos, associados a uma subsequente piora clínica do animal, decidiu-se realizar imediatamente uma laparotomia, exploratória, não só com a finalidade diagnóstica, a qual possibilitou que se encontrasse no cólon ventral um grande enterólito, mas também, em sequência, de submeter o paciente ao tratamento cirúrgico para retirada do mesmo. Os motivos para encaminhar o animal para este procedimento cirúrgico foram a gravidade do quadro clínico e os achados da ultrassonografia. O protocolo anestésico foi composto por xilazina (pré-anestésico), propofol e éter gliceril guaiacol (indução) e o isoflurano e propofol para manutenção. Após a cirurgia houve melhora clínica progressiva do animal, o qual ficou hospitalizado por mais 13 dias, utilizando cinta abdominal e com curativos na ferida cirúrgica até a cicatrização total e alta, ocorrida no dia 22 de julho. Enterólitos podem lesionar a parede intestinal em virtude de sua textura porosa e a pressão exercida na mucosa conduz à congestão, isquemia e necrose do segmento. Caso essa pressão local persista, o sofrimento pode levar à ruptura de alça e consequente peritonite. Assim conclui-se que em casos de enterolitíase em paciente equino a laparotomia exploratória pode ser uma opção para confirmação do diagnóstico e o tratamento cirúrgico imediato é imprescindível para a resolução do quadro.
Palavras-chave Enterólito, equino, cirurgia.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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