Resumo |
Atualmente, o principal método de propagação vegetativa clonal em Eucalyptus sp. é através do miniestaqueamento. Mudas seminais, ou clonais são manejadas de forma que se tornem fontes de miniestacas a serem coletadas para que se inicie o processo de produção de mudas clonais. As estacas devem passar por um período de enraizamento em casa de vegetação, aclimatação em casa de sombra e rustificação no pátio de rustificação. Após escolher as características de interesse como: densidade da madeira, crescimento, tolerância a doenças e pragas, déficit hídrico, deve-se iniciar o procedimento para a produção de mudas clonais. Dentre os obstáculos encontrados, um deles é a taxa de sobrevivência na casa de vegetação, onde visa o estímulo ao enraizamento devido a temperatura e umidade altamente controladas. Que por sua vez, se desbalanceada de acordo com a espécie de interesse, pode levar a planta a situações de estresse, resultando na queda do ápice, murcha permanente, além de ser um ambiente, muita das vezes, propício ao desenvolvimento de patógenos. Devido esses fatores foi avaliado a capacidade de adaptação a uma casa de vegetação de um clone com características boas de campo voltadas a tolerância à seca. A pesquisa foi realizada no Viveiro de Pesquisas do DEF/UFV, sendo necessário uma estrutura de mini jardim clonal; casa de vegetação com com temperatura média controlada de 27ºC e umidade relativa do ar acima de 80%; e 16 mudas de um híbrido de Eucalyptus sp. de interesse comercial. Foi observado durante sete meses que as 16 mudas clonais produziram 233 miniestacas, sendo uma média de 29 miniestacas por cepa, porém apenas 49% sobreviveram a 30 dias de casa de vegetação. Sendo assim, apesar do interesse comercial, e das boas características em campo, esse híbrido possui baixa adaptabilidade as condições de viveiro, tornando inviável a produção em alta escala. Observamos que, para a definição das espécies a serem implementadas no campo, deve-se buscar as características de interesse final, paralelo ao sucesso dela no viveiro, pois se não for sustentável a produção inicial se torna impraticável o plantio comercial do híbrido em campo. |