“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14257

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais - Campus Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Carla Rodrigues Xavier
Orientador JOSE LEANDRO PETERS
Outros membros Alice Vitória Viegas, Marcela Carolyne Araújo Campos, Vitória Cristina Araujo
Título Arte afrofuturista: promotora de identidade, representatividade e valorativa para os povos negros.
Resumo O termo Afrofuturismo foi cunhado na última década do século XX por Mark Dery como um conceito possível para referir as criações que propunham futuros possíveis às populações negras sob perspectivas fictícias. Esse movimento surgiu nos Estados unidos em um período em que o meio cibernético e a busca pelo passado da população negra diaspórica, escravizada por séculos, estava em voga (FREITAS & MESSIAS, 2018). Na atualidade, o Afrofuturismo se expandiu e se tornou um movimento identitário que visa transformar o presente e projetar o futuro não só na literatura, mas também na arte, música, movimentos sociais, entre outros. Nesse contexto, a análise da arte afrofuturista se faz importante e necessária não só para o entendimento do tema, mas para expandir e ampliar a visão sobre a cultura africana. O seu estudo é importante para a sociedade como um todo, uma vez que, majoritariamente, a cultura, é vista sob uma ótica europeizada, perspectiva que a estética afrofuturista visa ampliar de forma a ressaltar, valorizar e relatar a existência de diferentes ideais, ritos e culturas africanas, ampliando assim, a visão unidimensional e reducionista do negro como só (ex) escravo. Ademais, utiliza-se no meio artístico uma vasta paleta de cores chamativas que trazem particularidades de natureza utópica juntamente a ficção científica especulativa, sempre colocando as cosmologias, os cenários, a espiritualidade e a concepção preta africana como protagonista das obras. Desse modo, a arte traz fortes características do passado do povo africano e as funde com os elementos de uma visão futurística, para assim valorizar e ressaltar a cultura africana. (KABRAL, 2020). No cenário do Brasil, país que sofreu e ainda sofre com a intensa marginalização do povo negro, a produção, a análise e a dispersão da arte afrofuturista é de extrema relevância. Nesse sentido, Gabriel Souza, que carrega o nome artístico de Furmiga, é um dos artistas responsáveis por desenvolver de forma ativa essa nova estética no país. O pernambucano é referência no âmbito de criação de telas que misturam diversos elementos étnicos em cores e traços únicos, que ressignificam o lugar e papel de pessoas que são subjugadas diariamente por sua cor de pele. Desse modo, Furmiga contribui de forma direta com a criação de mecanismos de alta importância social e suas telas são objetos de identificação e de representatividade para a comunidade afrodescendente. Portanto, esse trabalho visa estudar o movimento Afrofuturista e sua importância para o povo negro brasileiro a partir de uma perspectiva artística. A metodologia que será utilizada é qualitativa analítica. Ressalta-se que a pesquisa está em andamento, por conseguinte, não se tem ainda resultados e conclusões definitivos.
Palavras-chave Afrofuturismo, arte afrofuturista, representatividade cultural
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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