“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14251

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Renata Magnoni Venturin
Orientador FABRICIO LUCIANI VALENTE
Outros membros Eugênio Scolforo Louzada, Jéssica Lelis de Miranda, MARLENE ISABEL VARGAS VILORIA, Thayse Cristina Ramos de Araujo
Título Estudo retrospectivo de lesões ósseas em cães diagnosticadas no Laboratório de Histopatologia Veterinária da Universidade Federal de Viçosa
Resumo As lesões ósseas mais comuns são as fraturas, que podem ser de ordem mecânica (traumas) ou patológica. Nesse caso, fraturas são complicações de processos já instalados e que têm diferentes causas: metabólicas (como osteoporose), infecciosas (como osteomielite), neoplásicas (como osteossarcoma), dentre outras. Doenças infecciosas e neoplásicas dos ossos podem manifestar-se de forma muito similar, nos exames de imagem, e o padrão ouro para diferenciá-las é a histopatologia. O estudo dessas doenças em cães é muito importante porque o sucesso do tratamento depende de um diagnóstico rápido e preciso. Além disso, a patogenia e a fisiopatologia dessas condições são muito semelhantes àquelas que ocorrem em humanos, tornando os cães um excelente modelo de estudo. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo retrospectivo dos casos de lesões ósseas diagnosticadas em cães entre fevereiro de 2009 e julho de 2019 no Laboratório de Histopatologia Veterinária da UFV. Os arquivos do laboratório foram revisados e 35 biópsias ósseas de cães foram identificadas. Idade, raça e sexo dos animais foram levantados e casos com ficha incompleta foram descartados. A idade dos animais acometidos variou de 1 a 18 anos, com mediana de 10 anos. Quanto ao sexo, 12 animais eram machos e 23 fêmeas. Foram identificadas 13 raças distintas, e as mais frequentes foram sem raça definida (37,1%) e rottweilers (20%). Baseados no diagnóstico, os casos foram então agrupados, de forma que: os processos inflamatórios somaram 5 casos (14,3%), sendo 3 classificados como osteomielite; 4 casos foram diagnosticados como reação periosteal (11,4%); e 26 casos com lesões compatíveis com neoplasia óssea (74,3%). Os casos identificados como neoplasia puderam ser agrupados pelo tipo histológico: 1 carcinoma (3,8% das neoplasias); 2 condrossarcomas (7,7%); e 23 osteossarcomas (OSA) (65,7% dos casos totais e 88,5% das neoplasias). Os osteossarcomas, por sua vez, foram classificados como: 3 OSA apenas ou sugestivo de OSA (13% dos casos de OSA); 6 OSA osteoblásticos (26%); 6 OSA condroblásticos (26%); 2 OSA telangectásicos (8,7%); 1 OSA fibroblástico (4,3%). Cinco casos não estavam classificados corretamente de acordo com diretrizes recomendadas para diagnóstico histopatológico de tumores ósseos. O uso de termos não padronizados, como osteossarcoma misto micropapilar, impediu a reclassificação dos tumores para este estudo. Outra dificuldade encontrada foi a falta de informação ou preenchimento inadequado das fichas, o que impede um estudo mais acurado de correlação entre os fatores que podem ter efeito sobre o desenvolvimento dessas doenças. Ainda assim, este levantamento permitiu constatar que a casuística do laboratório distribui-se de forma similar ao descrito na literatura, mostrando que o osteossarcoma, uma neoplasia maligna, é muito comum entre as lesões ósseas, o que reitera a importância de um diagnóstico rápido e preciso.
Palavras-chave Oncologia, ortopedia, osso.
Forma de apresentação..... Vídeo
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