“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14234

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Clodoaldo Lopes de Assis
Orientador RENATO NEVES FEIO
Outros membros Anderson Marcos Oliveira, Kaíque Ferreira de Macedo
Título “Lagartos” do PARNA Cavernas do Peruaçu e da APA Rio Pandeiros, áreas de Cerrado no norte de Minas Gerais
Resumo No Brasil, são conhecidas 266 espécies de lagartos, cerca de 4% das 6600 espécies desse grupo distribuídos pelo globo. Conhecer essa diversidade é essencial, pois muitas espécies são sensíveis à impactos antrópicos, sendo consideradas indicadoras da qualidade do ambiente. Por exemplo, os lagartos com dieta insetívora são suscetíveis a poluentes, uma vez que seus metabolismos mais baixos acarretam em uma baixa capacidade de desintoxicação. O Cerrado brasileiro e considerado um hotspot para a conservação global, e possui uma diversidade relevante de lagartos, com cerca de 70 espécies. No entanto, a biodiversidade do Cerrado vem sendo ameaçada pela agricultura, pastagem para gado e urbanização, todos responsáveis pela redução e modificação de áreas originais de sua vegetação. Nesse sentido, fornecemos aqui dados sobre a diversidade de lagartos no Cerrado do estado de Minas Gerais, no Sudeste do Brasil. O local de estudo compreende a Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Pandeiros e o Parque Nacional (PARNA) Cavernas do Peruaçu, duas importantes Unidades de Conservação (UC’s) do Cerrado na região Norte de Minas Gerais. Sua localização abrange os municípios de Januária, Bonito de Minas, Cônego Marinho, Itacarambi e São João das Missões, e somam uma área de 452.860,507 hectares. Essas duas UC’s possuem sua vegetação composta em grande parte por savana com áreas de campo rupestre, além de floresta decidual e semidecidual, englobando a bacia hidrográfica do médio São Francisco. Entre os anos de 2003 e 2008 foram coletados 62 espécimes de 16 espécies de lagartos nos municípios de Bonito de Minas e Januária. Esses espécimes foram depositados na Coleção Herpetológica do Museu de Zologia João Moojen (MZUFV), da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais. A família mais representativa foi Gymnophthalmidae com 4 espécies, seguida por Teiidae e Scincidae com 3 espécies cada. Gekkonidae e Phyllodactylidae possuem 2 espécies, e Tropiduridae e Iguanidae tiveram apenas 1 espécie. Na localidade estudada a riqueza de espécies foi intermediária, atingindo o esperado de 13 a 28 espécies para o Cerrado. Além disso, ampliamos a distribuição da espécie Ecpleopus gaudichaudii. Esse lagarto é típico da Mata Atlântica, ocorrendo na porção leste de Santa Catarina até o sul da Bahia, e o nosso registro passa a ser o ponto mais continental de ocorrência da espécie. Nossos resultados mostram o desconhecimento da fauna de lagartos do norte de Minas Gerais, e a importância dessa região para a conservação desse grupo.
Palavras-chave Répteis, Sauria, Unidade de Conservação
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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