“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14221

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Emilio de Souza Pimentel
Orientador Paulo Antonio Santana Junior
Outros membros Adriana Helena Walerius, ANGELO PALLINI FILHO
Título Variação sazonal de Leucoptera coffeella em cafeeiro no bioma de mata atlântica
Resumo O café é uma das principais commodities do mundo e o Brasil é considerado o maior produtor. No Brasil, o estado de Minas Gerais é responsável por 50,1% da produção de café. O cafeeiro é alvo de diversas pragas e o bicho mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é um inseto minador especialista que durante sua fase larval alimenta-se do parênquima foliar. Desse modo, L. coffeella ocasiona a diminuição da produtividade do cafeeiro devido a redução da fotossíntese da planta e queda precoce das folhas. Diante disso, o objetivo do estudo foi determinar a sazonalidade e os fatores abióticos que influenciam a densidade populacional de L. coffeella em lavouras localizadas no bioma de mata atlântica no estado de Minas Gerais. Os dados da densidade populacional de L. coffeella, temperatura e precipitação foram coletados pela Fundação Procafé durante o período de 2016 a 2019 nas cidades de Boa Esperança, Carmo de Minas e Muzambinho. Para avaliar a densidade populacional de L. coffeella, foram coletadas folhas do terço médio do cafeeiro. No total foram coletadas 100 folhas em 50 plantas distribuídas de forma aleatória em 25 pontos em cada lavoura. Foram avaliadas o número de folhas contendo minas ativas. Os picos populacionais de L. coffeella alcançaram aproximadamente 20% de folhas minadas. A temperatura média do ar variou de forma significativa nas lavouras ao longo dos anos. Os picos populacionais de L. coffeella ocorreram em períodos em que a temperatura média do ar variou de 15 a 23 °C e a precipitação mensal variou de 0 a 25 mm. Além disso, os picos ocorreram durante os estágios de floração e maturação dos grãos de café, durante os meses de junho e julho dos anos 3 e 4 avaliados. Os insetos são animais pecilotérmicos, portanto, dependem da temperatura ambiente para regular seu metabolismo. Podemos observar que os picos populacionais ocorreram quando a temperatura média foi baixa, mas ainda dentro do limiar térmico ideal. A precipitação também funciona como regulador das densidades populacionais dos insetos dificultando o voo dos adultos, interferindo no acasalamento e na busca por plantas hospedeiras, além de inviabilizar os ovos dispostos nas folhas. Durante o período de floração e maturação dos frutos, a planta desloca seus recursos metabólico para a reprodução e isso implica na diminuição de metabólicos de defesa da planta, logo, nesse período as plantas tornam-se mais susceptíveis ao ataque. Pode-se concluir, que na situação estudada, o bicho mineiro é influenciado pela temperatura e seus picos ocorrem entre temperaturas de 15 a 34 °C. Isto ocorre principalmente durante o período de baixa precipitação entre os meses de junho a agosto.
Palavras-chave bicho mineiro, temperatura, precipitação.
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