Outros membros |
Amanda Anne de Abreu Vieira, Barbara Guimarães Lourenço, Daniel Reis Correia, Diego Henrique Silveira Ramos, Isis Milani de Sousa Teixeira, Márcia Matos Sá Ottoni Letro, Mariangela Orlandi Barbiero, Tatiane Roséli Alves Castro |
Resumo |
Introdução: O presente trabalho analisa uma live intitulada “Violência e Invisibilidade”, realizada no “I Fórum Negritude em Pauta”, idealizado pelo Centro Acadêmico de Enfermagem - CAENF da Universidade Federal de Viçosa, considerando a relevância do tema para a complementação da formação profissional em saúde. A realização dessa atividade buscou disseminar informações sobre a necessidade de visibilidade da população negra, suas peculiaridades, enfrentamentos e participação social. Objetivos: Descrever a experiência de membros do CAENF, na implementação de Live no período da pandemia e, discutir o impacto que a mesma trouxe para os participantes. Principais Ações: A live ocorreu no dia 14 de agosto de 2020, em uma plataforma de vídeos e contou com uma mediadora e uma convidada, que compõe o “Núcleo de Pesquisas em Saúde Coletiva” e é membro construtivo da “Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem”, além da equipe organizacional. Foi estabelecido um roteiro de perguntas entre a convidada e a mediadora. Os participantes puderam opinar e perguntar a partir de uma caixa de mensagens. Ao todo, a live apresentou 46 visualizações simultâneas, compostas de estudantes e profissionais da área da saúde. O tema foi debatido durante uma hora e catorze minutos. Resultados: Conforme se deu a discussão do tema, algumas questões ganharam relevância, como a ligação dos tipos de violência com os tipos de racismo. À exemplo: o do tipo institucional, especificado na violência policial e, o do tipo estrutural, especificado na violência obstétrica, que se dá mais frequentemente entre as pacientes negras. Esta afirmação foi feita pela convidada e também comprovada em estudos científicos. Além destes exemplos, outra reflexão foi colocada em pauta, contextualizando aspectos históricos, como a escravidão, a falta de oportunidades e o preconceito, que, atrelados ao conceito de invisibilidade social, tornam-se fatores que permitem a perpetuação da violência na atualidade. Encerrando a discussão, foi pontuado que conhecendo a realidade, o profissional em saúde torna-se capaz de entender alguns enfrentamentos da população negra, que se entrelaçam a questões legislativas, como a da ética profissional no atendimento; à questões pessoais (como o preconceito); questões profissionais e, também, questões organizacionais, visto que o sistema de saúde funciona com uma equipe multidisciplinar, que não deve julgar o paciente pela cor da sua pele. Conclusões: Considerando o que foi apresentado, é possível analisar os impactos que a live trouxe para a formação profissional, devido aos comentários positivos e a necessidade de aprofundamento no tema, relatada pelos participantes. Além disso, a live possibilitou um melhor conhecimento acerca do atendimento em saúde, que por lei, deve se dar de maneira holística e única para todos. Assim, fica claro, que se fazem necessárias ações como esta, com finalidade de abranger conhecimentos e discussões sobre a temática. |