“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14209

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, Outros
Primeiro autor Kaíque Ferreira de Macedo
Orientador RENATO NEVES FEIO
Outros membros Anderson Marcos Oliveira, Clodoaldo Lopes de Assis
Título Predação da Rhinella crucifer (Anura: Bufonidae) pela barata d'água gigante Lethocerus grandius (Hemiptera: Belostomatidae)
Resumo Algumas características do anuros como abundância e biomassa nas comunidades neotropicais, tamanho corporal variável e períodos vulneráveis no ciclo de vida, coloca esse grupo como fundamental nas redes alimentares. Além de predarem diversos organismos, os anuros também possuem o papel de presa, e têm uma ampla diversidade de potenciais predadores, indo desde vertebrados à invertebrados terrestres e aquáticos. Entre esses invertebrados, a família Belostomatidae da Ordem Hemíptera, é composta por baratas-d’água carnívoras amplamente distribuídos em todo o mundo. Essas baratas-d’água atuam como reguladores em comunidades aquáticas, onde os anuros estão incluídos como presas. Buscando ampliar o conhecimento dessas interações, relatamos aqui um evento de predação de um adulto do sapo Rhinella crucifer pela barata-d’água Lethocerus grandis. Em 23 de julho de 2019, às 18:10 com temperaturas do ar 14°C e da água 17°C, observamos um adulto de Rhinella crucifer (CRC 69.97 mm) sendo predado por um Lethocerus grandis (99.20 mm). A interação ocorreu em um pequeno lago artificial utilizado para criação de peixe, no município de São Francisco do Glória, estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil (20°48'20"S, 42°19'35"W; 515 m; Datum WGS 84). No momento da observação, o sapo ainda estava vivo e se debatia na superfície da água, na margem do lago. Já a barata d’água, estava posicionada sobre o dorso do sapo, com os membros fixados em sua região ventral, e com a probóscide inserida no olho esquerdo de sua presa. Após observarmos a interação, coletamos os dois espécimes, e o sapo foi depositado na Coleção Herpetológica do Museu de Zoologia João Moojen, da Universidade Federal de Viçosa (MZUFV 19559). O exemplar de Rhinella crucifer foi identificado através da presença de uma franja na superfície ventral do tarso e Lethocerus grandis por uma combinação de caracteres morfológicos e morfométricos. Até o presente estudo, não havia relato de predação de barata-d’água sobre Rhinela crucifer, sendo este o primeiro registro. O gênero Rhinella possui os répteis como principais predadores, e os registros de predação por invertebrados são raros. A maior parte dos eventos de predação por baratas-d’água no Brasil se deu com anuros de pequeno porte, principalmente com pererecas da família Hylidae. Portanto é provável que o maior tamanho de sapos adultos do gênero Rhinella, dificulte a sua captura e subjugação por estes invertebrados.
Palavras-chave Anfíbio, inseto aquático, Minas Gerais
Forma de apresentação..... Painel
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