“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14169

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, Outros
Primeiro autor Karla Gobbi Pimentel
Orientador WAGNER LUIZ ARAUJO
Outros membros ADRIANO NUNES NESI, Jessica Aline Sousa Barros, João Henrique Frota Cavalcanti
Título Papel da via “Chloroplast Vesiculation” no metabolismo energético sob condições de déficit de carbono induzido por escuro
Resumo A geração de energia nas células vegetais depende, primordialmente, da oxidação de carboidratos pelas vias glicolítica e do ciclo dos ácidos tricarboxílicos (TCA). Entretanto, em situações de déficit energético, as plantas reajustam seu metabolismo potencializando o uso de substratos alternativos, como lipídeos, proteínas e aminoácidos, para geração de ATP. A principal reserva de proteínas em plantas está no cloroplasto e, dessa forma, a degradação dos cloroplastos apresenta-se como um mecanismo chave da resposta de plantas a estresses vários. Três vias principais medeiam esse processo: Autofagia, Senescence associated vacuoles (SAVs) e Chloroplast Vesiculation (CV). A relevância da autofagia e SAVs tem sido extensivamente caracterizada em respostas a condições de estresse energético e senescência natural. Não obstante, a deficiência da via CV foi relacionada à maior estabilidade do cloroplasto em condições de estresse abióticos, enquanto sua superexpressão promoveu sintomas de senescência. Ademais, estudos recentes demonstraram a indução da via CV na ausência de autofagia sob escuro prolongado, o que foi relacionado à senescência acelerada em mutantes da autofagia. Embora a associação CV, senescência e autofagia tenha sido, portanto, sugerida, a importância de CV para manutenção do metabolismo energético permanece desconhecida. Assim, o presente trabalho buscou elucidar o papel da via CV durante condições de déficit de energia. Para tanto, plantas de Arabidopsis thaliana deficientes na via CV (cv-1 e cv-2) foram caracterizadas em condição de limitação de carbono induzida por escuro. Para tanto, mutantes cv foram cultivados por 4 semanas e posteriormente submetidos à 10 dias de escuro procedendo-se a avaliação de parâmetros fisiológicos e moleculares antes (dia 0) e após 3, 7 e 10 dias de escuro. Em geral, mutantes cv apresentaram fenótipo similar a plantas selvagens sob tratamento de escuro. Entretanto, constatou-se maior redução da eficiência fotoquímica máxima do FSII (Fv/Fm), em conjunto com menores níveis de proteínas e aumento de aminoácidos em mutantes após 3 dias de escuro. Tais resultados sugerem que a deficiência de CV intensifica o turnover de proteínas e suprimento de aminoácidos nos estágios iniciais de estresse. Todavia, não foram observadas diferenças significativas nesses parâmetros sob períodos prolongados de escuro. A análise de transcritos mostrou a indução da autofagia em plantas selvagens e mutantes cv durante o tratamento de escuro, indicando possíveis efeitos compensatórios da autofagia nessas condições. Em conjunto, os dados obtidos demonstram que a via CV possui importância minoritária em condições de estresse energético quando autofagia está ativa. Dessa forma, estudos adicionais usando duplos mutantes deficientes em CV e autofagia são ainda necessários para a compreensão de como essas vias atuam em conjunto na degradação de cloroplasto, e quais suas implicações na homeostase energética em condições de estresse abiótico.
Palavras-chave Metabolismo Energético, Aminoácidos, Vesiculação do Cloroplasto
Forma de apresentação..... Painel
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