“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14145

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bruna Teodoro de Souza
Orientador MARLENE ISABEL VARGAS VILORIA
Outros membros Breno Filipe Reis de Oliveira, FABRICIO LUCIANI VALENTE, Leonardo Moises Sales Bueno, Rodrigo Alves Barros
Título Epidemiologia dos acidentes por picada de escorpião em Viçosa, MG
Resumo Os acidentes por animais peçonhentos têm grande relevância na saúde pública brasileira por sua incidência e por possuir características perigosas, podendo causar acidentes moderados, graves, levando à óbito em alguns casos. Animais peçonhentos são aqueles que possuem aparelhos especializados que modificam ou inoculam substâncias tóxicas em outros animais. Os acidentes mais comuns no Brasil são ocasionados por escorpiões, aranhas, serpentes, abelhas, águas-vivas, caravelas, peixes, mariposas, besouros e lacraias, entre outros. O objetivo desse projeto foi compreender a epidemiologia socioespacial dos acidentes por escorpião no município de Viçosa, MG, por meio das notificações de 2007 a 2018, devido a sua alta incidência no município. O estudo foi desenvolvido a partir das fichas de notificações de acidentes por animais peçonhentos disponibilizadas pelo Setor de Vigilância Epidemiológica de Viçosa, MG. Houve a construção de indicadores de incidência geral e específica, com base em marcadores. A partir do endereço do local da picada, foi realizado o mapeamento socioespacial do escorpionismo dividido em setores censitários, o qual foi associado ao Índice de Vulnerabilidade em Saúde (IVS) e classificados em baixo risco, médio risco, elevado risco e muito elevado risco, de acordo com a média e o desvio padrão do IVS para o município. De 2007 a 2018 foram atendidos 1.098 acidentes por animais peçonhentos em Viçosa, dos quais 498 (45%) foram causados por escorpiões (58 acidentes oriundos de municípios vizinhos). Nesse período as notificações de acidentes ocorridos em Viçosa aumentaram de 10 para 84 (variação de 740%). Em 2018, a incidência acumulada foi de 108 acidentes escorpiônicos para cada 100.000 habitantes. As maiores frequências foram entre setembro a dezembro, início do período de chuvas, o que ocasiona desalojamento dos escorpiões. Maiores incidências foram observadas na faixa etária de 20-49 anos (52%), nas mãos (45%) e pés (27%), na zona urbana (84%) e em indivíduos do sexo masculino (60%). As principais manifestações locais foram dor (91%) e edema (38%) com 86% dos casos classificados como leve. A soroterapia foi o tratamento utilizado em 25% dos acidentes. O mapeamento socioespacial demonstrou que os bairros mais acometidos foram Santo Antônio, Centro e Santa Clara; maior incidência nos setores censitários centrais do município e expansão temporoespacial centrífuga dos focos de acidentes. O delineamento da pesquisa juntamente aos resultados obtidos contribuiu com a estruturação de um plano direcionado a prevenção e controle desses acidentes em Viçosa, MG. O caráter multiprofissional e interdisciplinar do projeto reforçou a importância da Medicina Veterinária junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) para a consolidação da Saúde Única. Análises mais detalhada e de caráter multivariada deverão ser realizadas para confirmação dos fatores de risco associados ao escorpionismo neste município.
Palavras-chave Dados epidemiológicos, escorpionismo, peçonha
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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