“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”
19 a 24 de outubro de 2020
Trabalho 14133
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Geografia |
| Setor | Departamento de Geografia |
| Bolsa | CNPq |
| Conclusão de bolsa | Sim |
| Apoio financeiro | CNPq |
| Primeiro autor | Geovanna Laura Santos Januário |
| Orientador | EDSON SOARES FIALHO |
| Título | Racismo ambiental: Uma analise de casos de comunidades étnicos discriminadas frente aos desastres ambientais. |
| Resumo | O racismo ambiental é um conceito que abrange desde as especificações de injustiças sociais até os conflitos ambientais, sendo mais relevantes dentro de grupos étnicos raciais específicos, tratando o termo racismo como algo bem mais amplo que apenas a ponderação de raça, e sim como a questão de exclusão e preconceito. A justiça ambiental sendo uma responsabilidade por grande parte dos governos, e os mesmos (re)produzirem um racismo estrutural, se tem como consequências classes diferentes sendo privilegiadas e afetadas.A área de análise principal se localiza entre os municípios de Teixeiras, São Miguel do Anta e Pedra do Anta na região da Zona da Mata, desde do dia 14 de março de 2019 a empresa Zona da Mata da Mineração (ZMM) ocupa a região com o objetivo de explorar magnetita. O objetivo dessa pesquisa é mostrar como o tratamento diferencial entre etnias também atinge o âmbito ambiental, principalmente por uma construção social da justiça brasileira, onde majoritariamente uma certa classe se mantém privilegiada. Foram acompanhadas as assembleias populares e uma análise sobre os Estudos de Impactos Ambientais (EIA), e quão verídica é a empresa de mineração dentro das suas aplicações e consequências futuras. Trabalhos em campo e acompanhamento das Assembleias populares foram os pontos mais relevantes da pesquisa, podendo estar presente entre os moradores e afetados de vários municípios, coletando dados e observando principalmente a cultura, e as características da sociedade envolvida. O processo de implementação da mineradora na região passou a ser um processo ríspido e com diversas imposições frente a acidentes resultados da exploração territorial, o auxílio da Universidade Federal de Viçosa sobre os estudos dos impactos ambientais com profissionais qualificados orientou a comunidade junto a forças de colaboradores e entidades como arquidioceses e igrejas criando um movimento de resistência e contraposição ao modelo mineral, mesmo que a seco, implantado na região. Os resultados de análises sociais constataram a presença de uma comunidade etno discriminada nas dependências da pesquisa, o preconceito e a superioridade imposta pela empresa mineral ZMM, a forte presença de poeira nas dependências das moradias, a perseguição a famílias e líderes que se posicionam contra a mineradora, o impacto dos caminhões e meios de transportes nas vias de acesso ao município, o impacto causado nas áreas de fontes hídricas, e principalmente, a exploração territorial em uma comunidade tradicional, são evidencias de um racismo, injustiça e negligência ambiental. O trabalho em campo da área de estudos em questão, região de São Pedro, ainda não se encontra finalizado, principalmente, frente ao período pandêmico, mas temos como grande importância salientar a presença de movimentos sociais e da religião unidos contra um ato de uma mineradora desde do início de suas atividades. |
| Palavras-chave | Racismo, Mineração, Teixeiras. |
| Forma de apresentação..... | Vídeo |
| Link para apresentação | Vídeo |
|---|