“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14127

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Karoline Geralda Mendes
Orientador SAMUEL CORDEIRO VITOR MARTINS
Outros membros Leonardo Araujo Oliveira, Moab Torres de Andrade
Título Efeito da injúria física no xilema sobre as relações hídricas e trocas gasosas de plantas de eucalipto sob duas condições hídricas
Resumo Devido às mudanças climáticas em curso, tem sido observado aumentos nas taxas de mortalidade de árvores em função de episódios de seca severa incomuns. Atualmente, acredita-se que a principal causa da mortalidade florestal é a falha hidráulica do xilema, que é definida como o potencial hídrico em que ocorre perda de 50% da capacidade condutora dos vasos (Ψ50). Entretanto, tem-se especulado que a falha hidráulica é consequência e não causa da mortalidade e que as plantas possuem o sistema condutor superdimensionado. Assim, a perda de 50% da capacidade não seria problemática, mas sim a extrema desidratação decorrente do déficit hídrico. Logo, esse trabalho teve por objetivo simular o Ψ50 em clones de eucalipto e avaliar seu impacto sobre as relações hídricas e trocas gasosas sob regime hídrico normal e sob déficit hídrico. A simulação do Ψ50 foi feita através de um corte de aproximadamente 50% do xilema em clones de eucalipto. Foi hipotetizado que, mesmo apesar de um superdimensionamento do xilema, o efeito indireto da injúria sobre o floema comprometeria a funcionalidade das raízes, prejudicando o fornecimento de água à planta e modificaria sua resposta ao déficit hídrico. Após o corte no xilema de metade das plantas, delineou-se quatro tratamentos experimentais, sendo eles formados por plantas inteiras e irrigadas (I CT); injuriadas e irrigadas (C CT), inteiras sob déficit (I DF) e injuriadas sob déficit (C DF). Realizou-se medidas de transpiração da planta inteira, potencial hídrico, condutância estomática (gs), transpiração foliar (E), taxa de assimilação de CO2 (A), taxa de transporte de elétrons (ETR) e eficiência quântica máxima do FS II (Fv/Fm). Primeiramente, todas as variáveis analisadas não foram afetadas pelo corte do xilema em relação às plantas controle. No segundo dia sob déficit hídrico já houve efeito significativo sobre as trocas gasosas, em que A, gs, E já alcançaram seus valores mínimos; apenas a ETR apresentou queda mais gradual, alcançando o menor valor aos 8 dias de déficit hídrico. No oitavo dia de déficit, o potencial hídrico alcançou valores menor que -4 MPa, o qual correspondem ao Ψ50 em eucalipto. Nesse ponto elas foram reidratadas e mantidas irrigadas até o final do experimento, mas morte generalizada das folhas foi observada, o que foi corroborado pelas medições de Fv/Fm realizadas. Apenas duas plantas de cada tratamento submetidos ao déficit (I DF e C DF) sobreviveram, sendo que as plantas mortas não se recuperaram. Concluiu-se, portanto, que perder 50% dos vasos do xilema não afetou as relações hídricas das plantas sob ambas condições hídricas estudadas. Por outro lado, a desidratação dos tecidos associada ao Ψ50 foi responsável pela indução da mortalidade.
Palavras-chave corte no xilema, falha hidráulica, morte das árvores
Forma de apresentação..... Painel
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