“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14126

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Thaís Carneiro Carvalho
Orientador JOANA D'ARC GERMANO HOLLERBACH
Título Lei Federal Nº 5.465/1968: “lei do boi” para quem tem uma boiada
Resumo O presente resumo refere-se a pesquisa de mestrado intitulada “A Universidade Federal de Viçosa e a Lei Federal nº 5.465/1968: Política de ação afirmativa ou estratégia da elite ruralista?” em andamento no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Viçosa. Tendo em vista o contexto do Regime Civil-Militar brasileiro (1964-1985) e as políticas públicas voltadas para o campo educacional implementadas durante esse período, essa pesquisa tem como intuito inserir a discussão sobre as políticas públicas voltadas para o ensino superior, com enfoque na Lei Federal Nº 5.465 vulgarmente denominada “lei do boi”, de 1968, no campo de pesquisa da História da Educação. O objetivo consiste em verificar a efetividade da lei na Universidade Federal de Viçosa enquanto instrumento de ampliação do acesso das camadas pertencentes à minoria rural ao ensino superior num momento em que o movimento estudantil, em especial, e a sociedade, como um todo, demandavam por vagas nesse nível de ensino. Assim inserimos a discussão sobre as políticas educacionais instituídas nesse período em que as universidades foram alvo tanto de investimentos em áreas específicas vinculadas ao desenvolvimento nacional, quanto de repressão política e ideológica. Os acordos firmados entre o governo brasileiro, através do Ministério da Educação (MEC) e as agências estadunidenses, especialmente a United States Agency for International Development (USAID), tiveram papel relevante no ensino superior, e consequentemente, na UFV, à época, UREMG, uma das primeiras instituições superiores contempladas por esses acordos. Tendo em vista a relevância dessa universidade como referência nas pesquisas em ciências agrárias e considerando a educação como estratégia para a modernização, propomos uma investigação sobre o uso da Lei Federal Nº 5.465 enquanto possível estratégia para manutenção dos privilégios da elite rural. Para isso buscamos nos órgãos responsáveis por receber e posteriormente, arquivar os documentos dos ingressantes na instituição, sendo respectivamente, o Registro Escolar e o Arquivo Central e Histórico da UFV, a documentação que nos permita identificar como essa lei foi implementada, quais alunos ingressaram através dela e qual o perfil socioeconômico desses estudantes. A análise desses documentos será feita a partir do materialismo histórico dialético com o intuito de relacionar a unidade ao todo, buscando apreender a dinâmica existente entre a promulgação da lei e os interesses implícitos em sua criação para assim compreender as contradições existentes na disputa pelo acesso ao ensino superior entre o proletário, nesse caso, majoritariamente os trabalhadores rurais, e a burguesia, representada pela elite agrária. Por se tratar de uma pesquisa ainda em desenvolvimento, as conclusões estão em aberto. É importante ressaltar que a pandemia causada pelo COVID-19 impôs limites ao acesso aos documentos uma vez que o Arquivo Central e Histórico da UFV encontra-se fechado.
Palavras-chave Lei Federal nº 5.465/1968, Lei do Boi, Educação Regime Civil-Militar
Forma de apresentação..... Vídeo
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