“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14124

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Camila Aparecida Lopes
Orientador PAULO RENATO DOS SANTOS COSTA
Outros membros Amanda Ferrugini, Bianca Amorim Gomide, Igor Martins Strelow, Mariana Silva Leite
Título Colite linfoplasmocitária: relato de caso
Resumo As colites crônicas são frequentes na rotina da clínica médica de cães e gatos, e esse quadro possui várias etiologias: infecciosa, alimentar, inflamatória e neoplásica. A colite linfoplasmocitária é uma das formas mais comuns de inflamação do cólon nos cães e é caracterizada por um infiltrado de linfócitos e plasmócitos na lâmina própria. Pode causar diarreia em pequeno volume, hematoquezia, tenesmo, disquezia e urgência para defecar nos animais acometidos. Objetiva-se relatar um caso de colite linfoplasmocitária atendido no HOV/DVT-UFV. Um cão, macho, Pastor Alemão, de 05 anos, foi atendido apresentando hematoquezia e fezes pastosas a aquosas há uma semana. O paciente tinha histórico de disquezia intermitente e perda de peso progressiva há cerca de um ano. Não haviam alterações no exame físico. Foi realizada a coleta de material para hemograma, bioquímica sérica, citologia retal, parasitológico fecal, colonoscopia e biópsia do cólon, para exame histopatológico. A citologia revelou bactérias cocoides e bastonetes em grande quantidade, com morfologia compatível com clostrídios. No hemograma observou-se monocitose e discreta eosinofilia. A colonoscopia evidenciou aspecto granular da mucosa, presença de hiperemia e sem visualização do padrão vascular submucoso. A análise histopatológica revelou importante infiltrado de linfócitos e plasmócitos, sendo condizente com colite linfoplasmocitária de grau moderado. O tratamento foi iniciado com fembendazol 50 mg/kg/SID/VO durante 3 dias, com repetição de uma dose após 15 dias, metronidazol 15 mg/kg/BID/VO durante 10 dias e prednisolona 0,5 mg/kg/BID/VO por 07 dias, seguido de redução gradual da dose, associados à dieta de alta digestibilidade. Com a persistência dos sinais clínicos, optou-se pela modificação do protocolo terapêutico com o uso da mesalazina na dosagem de 10 mg/kg/BID/VO e dieta hipoalergênica acrescida de Psyllium. De acordo com os relatos do tutor, os sinais clínicos persistiram e a dieta hipoalergênica não foi realizada. Devido a adesão parcial ao tratamento, não foi possível determinar o diagnóstico definitivo, sendo necessário a exclusão de causa dietética antes de assumir uma doença inflamatória intestinal idiopática. Os sinais clínicos apresentados pelo paciente foram compatíveis com os descritos na literatura. A colonoscopia com biópsia é a técnica de escolha para o diagnóstico por ser um método eficiente e pouco invasivo. O tratamento envolve a combinação de antibióticos, anti-inflamatórios e manejo dietético. Tal conduta foi adotada neste caso, no entanto foi pouco efetiva. A não realização da dieta hipoalergênica acarretou na impossibilidade de avaliar os resultados do protocolo instituído. Concluindo, relata-se um caso de colite linfoplasmocitária, com sinais clínicos e histopatológicos compatíveis com o descrito na literatura, com esclarecimento da causa dependente da resposta ao manejo dietético.
Palavras-chave Colites crônicas, diarreia, disquezia
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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