“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14067

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Enfermagem
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Diego Henrique Silveira Ramos
Orientador ERICA TOLEDO DE MENDONCA
Outros membros Ana Luiza Rodrigues Lins, João Vitor Andrade
Título Um olhar sobre o familiar cuidador de pessoas com câncer: expectativas sobre o cuidado de si
Resumo Introdução: O câncer (CA) configura-se como um grande problema de saúde pública, e apesar das conquistas em métodos de detecção precoce e rastreamento ainda existe um elevado percentual de diagnósticos tardios, repercutindo na sobrevida do paciente e na dinâmica familiar. A experiência de cuidar de um familiar doente com CA pode representar uma grande sobrecarga física, emocional e financeira ao núcleo familiar, pois exige disponibilidade, tempo e dedicação, podendo acarretar no adoecimento do cuidador, levando a quadros de depressão, ansiedade, fadiga mental e física. Objetivo: Compreender como familiares cuidadores (FC) de pessoas com CA gostariam de ser cuidados. Metodologia: Pesquisa de natureza qualitativa, que ocorreu na Clínica Médica de um hospital oncológico de Minas Gerais. Os participantes da pesquisa foram os FC de pessoas com CA diretamente envolvidos no cuidado durante a internação do familiar, maiores de 18 anos, cujo membro da família tivesse recebido o diagnóstico há mais de 6 meses. A coleta de dados ocorreu mediante entrevista contendo dados sociodemográficos e questões relativas à função de cuidador, além de perguntas abertas sobre o cuidado, e foi encerrada no momento em que houve saturação de dados. A análise das entrevistas foi realizada pela técnica de análise de conteúdo de Lawrence Bardin. Este estudo respeitou os preceitos éticos. Resultados: Dos 14 participantes, dez eram mulheres e quatro homens, entre 23 a 56 anos. Do total de participantes, 92,8% referiram participar diretamente no cuidado com o familiar adoecido, e o período de tempo como cuidador variou entre seis meses e dezesseis anos. Duas categorias emergiram dos dados obtidos; a primeira revelou o acolhimento, competências atitudinais da equipe, como carinho, atenção e responsabilidade, apoio psicológico e a casa de apoio como medidas de suporte que a instituição oferece aos cuidadores. A segunda categoria apresentou como os familiares gostariam de ser cuidados, e os depoimentos revelaram demandas de cuidado no âmbito físico, espiritual e psicológico e ainda a transferência do cuidado de si para o outro. Muitos referiram que a relação interpessoal permeada pelo acolhimento, o aproximar do outro, escutar, dar atenção, conversar, ser atencioso e cauteloso, são estratégias importantes de cuidado ao cuidador. Conclusões: os achados da pesquisa sinalizaram que existe uma aproximação entre o que os cuidadores esperam dos profissionais da equipe de saúde da instituição estudada, como cuidado para si, com a assistência que lhes é oferecida. Esta questão sinaliza para a importância do desenvolvimento de um olhar mais sensível para os FC, visto que sofrem diretamente os impactos do adoecimento do seu ente familiar, e necessitam de cuidados nos âmbitos físico, espiritual e psicológico. Destaca-se a importância da realização de grupos de apoio nos cenários hospitalares para compartilhamento de experiências relativas ao cuidado oncológico.
Palavras-chave Cuidadores, Neoplasias, Relações Familiares
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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