“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14045

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Analice Martins Duarte
Orientador HUMBERTO JOSUE DE OLIVEIRA RAMOS
Outros membros ELIZABETH PACHECO BATISTA FONTES, FLAVIA MARIA DA SILVA CARMO, Lucas Leal Lima, MARIA GORETI DE ALMEIDA OLIVEIRA
Título Alterações Metabólicas em Plantas de Soja em Resposta a Sinais Sonoros
Resumo Plantas respondem a diversos sinais ambientais via reprogramação gênica e adaptação metabólica. Sinais sonoros são ondas mecânicas presentes nos ambientes e podem ser importantes para o desenvolvimento das mesmas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da paisagem bioacústica sobre o metabolismo de plantas de soja e verificar as semelhanças e diferenças entre os perfis metabólicos induzidos para cada tipo de som testado. Vasos contendo plantas de soja, mantidas em caixas acústicas, foram submetidos a dois sinais sonoros distintos produzidos de modo específico pela mastigação de lagartas e de pelo som ambiente da Mata da Biologia-UFV, além de plantas controles sem som. As plantas foram submetidas aos sinais sonoros por sete dias e folhas foram coletadas em quatro tempos distintos: uma, seis, 18 e 42 horas; e processadas para análises de fitohormônios e alguns metabólitos alvos por LC/MS e para ensaios de atividade de lipoxigenase. E para as análises estatísticas dos perfis LC/MS foram utilizado o Volcano Plot (α = 0,05). No experimento com som da Mata, a análise de Heatmap indicou metabólitos e hormônios responsivos ao som, e nos três tempos de coleta foram encontrados metabólitos responsivos significativos, sendo: em uma hora de som, espermidina e ácido salicílico; em 18 horas, prolina e espermina e em 42 horas, zeatina e prolina (em 6 horas não houve coleta devido a problemas técnicos com as caixas acústicas). Para o som de mastigação, também foram encontrados metabólitos responsivos nos quatro tempos coletados, porém, apenas dois hormônios (ácido Jasmônico e brassinolideo) foram significativos no tempo de 18 horas, e nenhum metabólito foi significante em todos os tempos. Além das análises hormonais, também foram determinadas a atividade da enzima lipoxigenase (LOX), em que para o som da mata não houve significância na atividade da enzima para os grupos contrastados em nenhum dos tempos de coleta. Para o som de mastigação, nos dois primeiros tempos de coleta não houve diferença significativa da atividade enzimática entre os grupos. No terceiro tempo, a atividade da LOX foi significativa e maior para o grupo controle. No último tempo, a enzima apresentou uma atividade significativa de 2,75 vezes maior para o grupo tratado com som. Pelos resultados encontrados, a planta apresentou comportamentos metabólicos diferentes e específicos para cada tipo de som, indicando uma possível capacidade da planta de perceber a informação contida nele. Isso foi evidenciado pelos metabólitos significativos que foram encontrados no som de mastigação, pois esses metabólitos (ácido Jasmônico, brassinolideo e a enzima LOX) estão envolvidos em vias de defesa e resistência das plantas contra herbívoros.
Palavras-chave paisagem bioacústica, metabolômica, espectrometria de massas
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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