“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14042

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Yasmin Carolini Lana Albão
Orientador NATALIA FONTES DE OLIVEIRA
Título NO NOSSO PESCOÇO: mulheres negras em busca de identidades próprias
Resumo Mediante à realidade moderna na qual os direitos humanos, e mais especificamente das minorias, estão sendo cada dia mais reivindicados, faz-se importante reafirmar as vozes femininas da literatura contemporânea. Esta apresentação analisa os contos “Réplica”, “Os casamenteiros” e “A historiadora Obstinada” da obra No seu pescoço (2017), de Chimamada Ngozi Adichie, para investigar como as personagens femininas moldam suas subjetividades, agindo por meio de atos de resistência. A escritora nigeriana apresenta uma crítica à subalternidade do sujeito feminino, através de um discurso que apresenta aspectos da cultura nigeriana e norte americana, contestando as condições de opressão vivenciadas pelas personagens. Para tanto, serão trabalhados três contos, o primeiro deles, “Réplica”, aborda temas como a adaptação à uma nova cultura, assim como a valorização da cultura africana. Já o segundo, intitulado “Os casamenteiros”, questiona a aculturação a qual a personagem feminina é forçada, uma vez que veio de Lagos para um casamento arranjado com um conterrâneo, médico interno em Nova Iorque. A ideia do paraíso norte americano, no ponto de vista da personagem, é desmanchada, aos poucos, quando percebemos o apagamento gradual da cultura nigeriana, enquanto seu marido insere ideais americanos goela abaixo. Por fim, temos “A historiadora obstinada”, que aborda questões como as marcas da colonização inglesa sobre a cultura dos povos nigerianos. Além disso, o conto problematiza a condição da personagem Nwamgba, uma vez que aborda os preconceitos que inferiorizam a mulher e temas como a transformação cultural, as diferenças religiosas e o papel feminino nesse processo. Os contos analisados dialogam, de certa forma, com as vivências da autora nigeriana, Chimamanda Ngozi Adichie, uma mulher africana, negra e feminista, que se utiliza do espaço literário para dar voz às diversas experiências do que é ser uma mulher negra na contemporaneidade. Serão analisadas as relações materno-filiais, as instituições patriarcais, o lugar atribuído à mulher e as relações de poder impostas nas narrativas, entre outros. Para tanto, iremos nos debruçar sobre a questão da subalternidade utilizando reflexões de Spivak (2010) e Davies (1994) e através da perspectiva do submisso em Sharpe (1992); a questão da autoridade do discurso através de Foucault (1999) e Fanon (2008); a problemática do sujeito colonizado através de Bhabha (1998) e Hall (2003; 2013) e a crítica literária feminista a partir de Ribeiro (2018; 2019), Beauvoir (1980), Badinter (1985; 1993), Davis (2016), Davies (1994), Hooks (2019), Flax (1991) e Fontes de Oliveira (2015).
Palavras-chave Literatura de autoria feminina, Subjetividades, Atos de resistência.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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