Resumo |
Um dos principais responsáveis pelo expressivo interesse por análises quantitativas e uso de indicadores socioeconômicos para diagnóstico de cenários, desenho de políticas e tomada de decisões quanto a investimentos a serem realizados é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), um indicador que mede o bem-estar de uma população, por meio de critérios associados à educação, longevidade e renda. Seu valor pode variar de zero a um, sendo que os índices que aproximam de zero apontam que a população possui um baixo desenvolvimento socioeconômico e os índices mais próximos de um refletem que o país/região/município possui um bom nível de desenvolvimento. Nesse sentido, objetivou-se com esse estudo examinar o (IDH) da Região Centro-Oeste da Bacia do Tocantins-Araguaia, por meio de uma leitura descritiva e espacial da realidade local, para promover a agricultura irrigada. Para tanto, a partir dos dados da PNUD; FJP; IPEA (2013), foram coletados os dados do IDH dos 178 municípios, que fazem parte da Região Centro-Oeste da Bacia do Tocantins-Araguaia, assim como o IDHM-Educação, IDHM-Longevidade e o IDHM-Renda. Os resultados evidenciaram que a maioria dos municípios da região Centro Oeste da Bacia do Tocantins Araguaia apresentou um crescimento do IDH, no período de 2000/2010, sendo que a dimensão que mais contribuiu para o crescimento do índice foi a Longevidade (0,822), seguida pela Renda (0,671) e pela Educação (0,585). Quanto à análise espacial, constatou-se que predominou o índice médio de desenvolvimento (IDH=0,600 a 0,699), que corresponde aos pontos vermelhos do mapa, representando 59,6% do total da bacia, concentrando-se, principalmente, na região Norte e Noroeste da bacia, no Estado do Mato Grosso (62%) e Goiás (59%), respectivamente. Por sua vez, nos pontos verdes são encontrados os municípios com os índices altos de desenvolvimento (IDH=0,700 a 1), equivalente a 37,6% do total, que são mais incidentes no Sul e Sudoeste da bacia, envolvendo 39% dos municípios de Goiás e 33% de Mato Grosso. Com relação aos municípios com baixo desenvolvimento humano (pontos azuis no mapa), observou-se que são pouco expressivos, correspondendo a apenas 2,8% do total da bacia, estando 2 municípios em Mato Grosso (Campinápolis e Nova Nazaré) e os 3 restantes no estado de Goiás (Flores de Goiás, Cavalcanti e São Domingos). Tendo em vista a leitura descritiva e espacial realizada, em que mais de 60% dos municípios da Bacia, em sua porção centro-oeste, possuem um desenvolvimento humano entre baixo e, principalmente, médio, conclui-se sobre a necessidade de que sejam traçados planejamentos, políticas e ações, que promovam a qualidade de vida da população, com investimentos na área de educação e de renda, bem como a necessidade de que os investimentos a serem realizados propiciem uma melhor distribuição de recursos para os municípios mais necessitados. |