Resumo |
A produção de mudas clonais se inicia em um viveiro florestal e um dos maiores desafios do viveirista é garantir as condições ótimas de água, luz, nutrientes e temperatura de acordo com a espécie de interesse; visando alta taxa fotossintética, enraizamento, crescimento e desenvolvimento da planta. O melhoramento florestal é um dos ramos mais importantes atualmente na biotecnologia, visto a sua contribuição para que diferentes espécies se adaptem à situação edafoclimática na qual ela for alocada. É conhecida a boa tolerância à seca da espécie E. camaldulensis, isso se deve tanto a características fenotípicas quanto as fisiológicas como: inclinação da folha, distribuição de estômatos, espessura do parênquima paliçádico e esponjoso; sendo assim, para esse trabalho foi utilizado E. camaldulensis como pai. A escolha da mãe foi de acordo com clones comerciais de fácil acesso em viveiros da região, e serão identificados nesse trabalho como H1, H2 e H3. O trabalho em questão visa avaliar o enraizamento de cruzamentos tolerantes à seca. A pesquisa foi realizada no Viveiro de Pesquisas do DEF/UFV, sendo necessário uma estrutura de mini jardim clonal, casa de vegetação, casa de sombra, oito minicepas de H1 x E. camaldulensis (cruzamento 1), oito minicepas de H2 x E. camaldulensis (cruzamento 2) e oito minicepas de H3 x E. camaldulensis (cruzamento 3), produtoras de miniestacas. Durante sete meses foram produzidas mudas clonais e analisada a produtividade média dos cruzamentos. O cruzamento 1 produziu 342 miniestacas, atingindo uma média de 73% de enraizamento; o cruzamento 2 produziu 275 estacas, atingindo a média de 65% de enraizamento; já o cruzamento 3 produziu 424 estacas, atingindo a média de 75% de enraizamento. A diferença da taxa de enraizamento entre o cruzamento 1 e 3 não é muito expressiva, como a diferença da taxa de enraizamento do cruzamento 2 comparada aos demais. Mas visto a necessidade de alta produtividade de miniestacas para tornar possível a comercialização do clone, o cruzamento 3 apresenta uma produtividade superior em 20% e 35%, respectivamente aos clones 1 e 2, sendo o mais adaptado às condições possíveis de se estabelecer num viveiro florestal. |